Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta terça-feira, 1º de fevereiro

Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta terça-feira (1º), marcada pela alegada pressão dos EUA para cancelar visita de Bolsonaro à Rússia, pela visita do premiê britânico a Kiev a fim de demonstrar apoio à Ucrânia e pela intenção de Biden de fazer do Catar um aliado importante fora da OTAN.
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Folha: Washington pressiona para que Bolsonaro cancele visita à Rússia

Os Estados Unidos estão tentando fazer com que o presidente Jair Bolsonaro cancele sua viagem à Rússia, planejada para meados de fevereiro, uma vez que, na opinião dos diplomatas norte-americanos, a reunião entre o mandatário brasileiro e o presidente russo Vladimir Putin "passaria a mensagem de que o Brasil apoia as ações do Kremlin no Leste Europeu", informou ontem (31) o jornal Folha de São Paulo. Segundo interlocutores da Folha, o secretário de Estado americano Antony Blinken disse ao chanceler Carlos França no domingo (30) que a visita de Bolsonaro à Rússia pode ser interpretada "como sinal de que o Brasil está tomando um lado no conflito". Segundo a mídia, mesmo que não haja um pedido explícito de cancelamento da agenda, é certo que o lado americano quer que a viagem não ocorra ou ao menos seja adiada.
Presidente Jair Bolsonaro recebe o presidente Vladimir Putin, da Rússia, na reunião de cúpula do BRICS, 14 de novembro de 2019

PEC dos Combustíveis vai focar no diesel, diz Lira após reunião com Guedes

Nesta segunda-feira (31), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que apenas o óleo diesel será o foco da PEC dos Combustíveis. A declaração foi feita após a sua reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em que eles discutiram a proposta elaborada pelo governo para tentar frear a alta dos combustíveis. Em resultado do encontro, Lira confirmou que o projeto permitirá apenas reduzir impostos federais sobre o diesel. A redução de impostos no álcool e na gasolina está descartada, segundo o presidente da Câmara. "Vamos ver que medida se toma também para o gás, porque é importantíssimo", acrescentou. Ultimamente, o governo tem discutido as medidas para conter o aumento dos preços dos combustíveis, com a proposta sendo uma delas.
Posto de gasolina no Brasil, 12 de janeiro de 2022

Premiê britânico visita Kiev para mostrar apoio à Ucrânia

A visita do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, à Ucrânia nesta terça-feira (1º) será uma demonstração do apoio a Kiev, diz o comunicado do serviço de imprensa de Johnson. Segundo a mensagem, o premiê terá encontros com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky sobre a "atividade hostil russa", acrescentando que "em uma semana importante para diplomacia" Johnson vai "intensificar os esforços diplomáticos e espera falar nesta semana com o presidente Putin e outros líderes". Além disso, a assessoria informou que "o Reino Unido anunciou uma ajuda de 88 milhões de libras esterlinas [R$ 628 milhões] à Ucrânia para apoiar a estabilidade institucional e a independência energética do país". Em meio às tensões em torno da Ucrânia, o Departamento de Estado americano confirmou ontem (31) que os EUA receberam a resposta escrita da Rússia às propostas de segurança enviadas por Washington. "Não seria produtivo negociar em público, então deixaremos para a Rússia se eles quiserem discutir essa resposta", diz o comunicado. Contudo, o vice-chanceler russo negou à Sputnik que a Rússia tenha enviado uma resposta às propostas dos EUA. Além disso, está programado para hoje, terça-feira (1º), um telefonema entre o chanceler russo Sergei Lavrov e o secretário de Estado americano Antony Blinken. Conforme disseram à Sputnik fontes diplomáticas, Lavrov enviou aos ministros das Relações Exteriores dos países da OTAN, inclusive a Blinken, uma carta sobre como a Aliança entende o princípio da integridade da segurança.
Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, sai do número 10 de Downing Street em Londres, 31 de janeiro de 2022

Biden quer que o Catar seja o principal aliado fora da OTAN

O presidente norte-americano, Joe Biden, notificou o Congresso de sua intenção de designar o Catar como aliado prioritário extra-OTAN. "Estou avisando de minha intenção de designar o Catar como um Grande Aliado Não-OTAN." Biden reconheceu a contribuição de muitos anos do Catar para os esforços dos EUA no espaço de responsabilidade do Comando Central. O presidente também ressaltou a profunda cooperação bilateral na defesa e segurança com o Catar. Na segunda-feira (31), Biden confirmou, na reunião com o emir xeque catarense Tamim Bin Hamad Al-Thani na Casa Branca, que essa designação refletirá a importância da parceria bilateral. Biden também saudou o novo acordo fechado entre a Qatar Airways e a Boeing para o fornecimento de 34 aeronaves de carga 777-8. Segundo ele, o contrato vai manter dezenas de milhares de empregos nos Estados Unidos.
Emir xeque do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, e o presidente dos EUA, Joe Biden, durante encontro bilateral na Casa Branca, Washington, 31 de janeiro de 2022

Rússia inicia sua presidência rotativa no Conselho de Segurança da ONU

Em sua presidência no Conselho de Segurança da ONU em fevereiro, a Federação da Rússia organizará uma reunião, programada para 7 de fevereiro, sobre o impacto negativo das sanções para a situação humanitária, informou a missão russa nas Nações Unidas. A delegação russa acrescentou também que realizará outro encontro sobre a cooperação entre a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO, na sigla em inglês) e as Nações Unidas. "Consideramos importante informar os membros do Conselho de Segurança sobre as ações coletivas da CSTO para estabilizar a situação no Cazaquistão", segundo a missão. Em 17 de fevereiro, a delegação russa terá uma reunião para abordar a aplicação dos Acordos de Minsk, destinados a resolver o conflito na Ucrânia. A presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU muda a cada mês por ordem alfabética entre todos os 15 membros do órgão.
Embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, fala no Conselho de Segurança das Nações Unidas, 31 de janeiro de 2022

Enchentes no Equador deixam 11 mortos

Ao menos 11 pessoas morreram e mais 32 ficaram feridas nesta segunda-feira (31) após fortes enchentes terem atingido a capital do Equador. O sistema de coleta de água em Quito não conseguiu lidar com chuvas torrenciais, e o fluxo foi para um campo de esportes onde várias pessoas estavam praticando, informaram as autoridades da cidade. Torrentes de água carregando pedras e lama varreram uma avenida, levando carros e inundando casas. A área afetada também ficou sem energia depois que os postes elétricos foram derrubados pelas enchentes. Segundo o prefeito de Quito, Santiago Guarderas, o nível de precipitações bateu recordes desde o ano de 2003. Chuvas fortes atingiram 22 das 24 províncias do Equador desde outubro, deixando pelo menos 18 mortos e 24 feridos, de acordo com os dados do Serviço Nacional de Gestão de Riscos.
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