Panorama internacional

MRE da Espanha insta OTAN a se centrar em desafios no sul do Mediterrâneo

José Manuel Albares, ministro das Relações Exteriores da Espanha, destacou os problemas no Mediterrâneo e grandes partes de África, que diz serem "vitais para a OTAN e a Europa".
Sputnik
A OTAN não deve descurar a segurança no sul do mar Mediterrâneo, devido a ser de vital importância tanto para a Aliança Atlântica como para a Europa, de acordo com José Manuel Albares, ministro das Relações Exteriores da Espanha.
"O Mediterrâneo, o Magrebe, o Sahel e a África Subsaariana são vitais para a OTAN e a Europa", opinou Albares em entrevista publicada na segunda-feira (31) no jornal Financial Times.
O chanceler espanhol sublinhou que a OTAN deve oferecer uma "abordagem de 360 graus" para responder a possíveis ameaças à segurança, não só no leste da Europa, mas também no sul do continente.
"A OTAN precisa pensar no papel que terá", comentou ele.
Segundo o ministro das Relações Exteriores da Espanha, a instabilidade além do Mediterrâneo ameaçaria o fornecimento de energia e aumentaria a migração irregular, um problema particularmente grave para o país europeu, que depende do transporte de gás desde a Argélia e a ajuda de Marrocos em controlar a migração não documentada.
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Albares destacou os problemas na região do Sahel, cuja anarquia e violentos movimentos islamistas preocupam Madri.
"O jihadismo ainda está lá, tal como todo o tipo de tráficos ilícitos: armas, humanos, drogas. É imensamente frágil. Vemos cada vez mais regimes militares no Sahel", apontou o alto responsável, em aparente referência aos recentes golpes de Estado em Burkina Faso e Mali.
A região do Sahel se estende desde a costa ocidental africana até o mar Vermelho, no leste. A zona é uma das mais problemáticas do continente devido ao terrorismo e migração irregular, abrangendo territórios de Argélia, Burkina Faso, Chade, Eritreia, Etiópia, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal e Sudão.
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