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Novas sanções contra Rússia podem 'reforçar vantagem competitiva da China', diz empresário alemão

A declaração foi dada nesta terça-feira (2) pelo diretor do Comitê Oriental de Negócios Alemães, Oliver Hermes.
Sputnik
O comitê informou que os comentários feitos pelo diretor refletem sua opinião pessoal e não o posicionamento do conselho.

"Novas sanções econômicas, seja no Nord Stream 2 ou no setor financeiro russo, levarão a maiores perdas para ambos os lados. Essa 'competição total' preventiva cria uma grande incerteza, reforça a vantagem competitiva chinesa e aproxima ainda mais a Rússia e a China em termos de política de segurança", disse Hermes em um artigo compartilhado pelo comitê.

Sobre a questão energética, o empresário disse que a Alemanha necessita do gás russo, justificando que mais de 40% das importações de gás e petróleo alemães vêm da Rússia.
"A médio prazo vamos precisar de mais, não menos, importações de gás da Rússia. Tanto o Nord Stream 2 quanto a rede de gasodutos da Ucrânia são necessários para abastecer de forma segura a Europa com gás natural", explicou Hermes.
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Ele completou dizendo que esse panorama só vai mudar depois da transição energética para meios de produção mais limpos, como hidrogênio.

"Não apenas no comércio, energia e finanças, mas também precisamos de uma coesão europeia nas questões de segurança, o que significa uma arquitetura de segurança pan-europeia, que também inclua Rússia e Ucrânia", reforçou o diretor.

Nos últimos meses, os Estados Unidos e seus aliados europeus acusam a Rússia de acumular tropas na fronteira com a Ucrânia com o objetivo de invadir o país vizinho. Os EUA têm enviado carregamentos de armas ao país europeu como forma de apoio ao governo ucraniano.
Moscou nega as acusações e critica o avanço da OTAN na região. O Kremlin também salienta que tem o direito de movimentar suas tropas dentro de seu território soberano. Na última sexta-feira (28), o chanceler Sergei Lavrov disse que "se depender da Rússia, não haverá guerra".
As afirmações sobre uma possível invasão russa da Ucrânia se intensificaram no Ocidente, depois que vários meios de comunicação publicaram supostos planos para tal operação a partir de novembro.
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