Chamada pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) de "excêntrica", a NGC 1705 é uma pequena galáxia, de forma irregular, que recentemente passou por intensa fase de formação de estrelas, processo chamado de starburst.
Além da espetacular imagem avermelhada registrada pelo telescópio, a ESA explicou em um comunicado que os dados acumulados com esse tipo de observação podem nos ajudar a decifrar mistérios da origem do Universo.
"Apesar de suas excentricidades, a NGC 1705, e outras galáxias anãs irregulares como ela, podem fornecer informações valiosas sobre a evolução das galáxias de maneira geral. Galáxias anãs irregulares tendem a ter poucos elementos além de hidrogênio ou hélio e são consideradas semelhantes às primeiras galáxias do Universo", informou a ESA no comunicado.
A imagem divulgada pela ESA foi feita com a junção de várias observações utilizando sete diferentes filtros de uma das câmeras do Hubble. O objetivo é estudar a interação entre as estrelas e gases na proximidade de uma galáxia com alto índice de formação de estrelas.
Essa é a segunda vez que o telescópio Hubble da NASA/ESA fotografa a galáxia NGC 1705, a primeira vez aconteceu em 1999 com uma outra câmera, que produziu um resultado muito menos detalhado que o registro deste ano.