De acordo com informações da rede pública de radiodifusão norueguesa NRK, foi recusado o pedido de liberdade condicional do assassino Anders Breivik. Um psiquiatra que participou da audiência disse que Breivik continua sendo um risco para a sociedade.
"Existe um claro risco de que [Breivik] retome o comportamento que levou ao ataque terrorista do dia 22 de julho", informou a decisão do tribunal.
A NRK também noticiou que a decisão de o manter atrás das grades foi unânime. O assassino terá outra chance de pedir liberdade condicional em 2023.
No final de 2021, Breivik foi manchete de jornais em todo o mundo após enviar milhares de cartas de dentro da prisão. O assassino inclusive entrou em contato com sobreviventes do atentado de 22 de julho de 2011 mandando cartas com trechos do discurso de ódio contido em seu manifesto.
À época, a NRK, que teve acesso a algumas das cartas, classificou o conteúdo como "propaganda da supremacia branca".
Anders Behring Breivik explodiu uma bomba perto de prédios do governo norueguês em Oslo, onde se encontrava o primeiro-ministro, no dia 22 de julho de 2011. Poucas horas depois, o terrorista abriu fogo em um acampamento de jovens do Partido Trabalhista. Ao todo, 77 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas.
Antes do ataque, considerado o maior deste tipo no país, Breivik divulgou um manifesto com discurso de ódio, atacando o multiculturalismo, a religião islâmica, o movimento feminista e temas como o "suicídio cultural europeu". Breivik foi condenado a 21 anos de prisão em sentença que pode ser estendida por tempo indefinido. Esta é a pena mais dura da Noruega.
Após dez anos de cadeia, os presos na Noruega podem fazer o pedido de liberdade condicional. Esta foi a primeira tentativa realizada por Anders Breivik.