A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, comentou durante uma coletiva que o uso da palavra "iminente" estava enviando uma "mensagem" que a administração Biden não "tinha intenção de enviar".
"Eu usei essa [palavra] uma vez, acho que outras [pessoas] usaram ela uma vez, Depois paramos de usá-la porque acho que enviou uma mensagem que não pretendíamos enviar, que era a de que sabíamos que o presidente Putin tinha tomado uma decisão", disse Psaki aos jornalistas.
"Eu diria que a grande maioria das vezes que falei sobre isso, dissemos que ele poderia invadir a qualquer momento. Isso é verdade. Ainda não sabemos se ele tomou uma decisão". "Não uso [essa palavra] há mais de uma semana", disse a porta-voz.
Ned Price, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, também comentou a súbita mudança de terminologia da administração Biden durante o seu informe de quarta-feira (2).
Perguntado se havia preocupações sobre a utilização da palavra "iminente", Price evitou responder à questão e, em vez disso, informou que as autoridades americanas têm trabalhado para "explicar nossa preocupação".
Por sua vez, o presidente dos EUA, Joe Biden, falou à CNN na quarta-feira (2) sobre o envio de tropas adicionais para vários países europeus da OTAN. Ele disse que a sua decisão de enviar adicionalmente vários milhares de soldados para a Europa ante a crise na Ucrânia é "totalmente consistente" com o que prometeu a seu homólogo russo.
Na quarta-feira (2) de manhã, o presidente norte-americano ratificou formalmente a implantação de tropas adicionais americanas no continente europeu. As forças serão enviadas para a Polônia, Alemanha e Romênia nos próximos dias.
John Kirby, porta-voz do Pentágono, disse aos jornalistas que essa decisão demonstrou na prática o compromisso dos EUA com seus aliados da OTAN.
Vários países ocidentais têm acusado a Rússia desde 2021 de aumentar as tensões em torno da Ucrânia, mas Moscou responde que essas acusações têm o objetivo de encobrir as mobilizações militares por parte da própria OTAN, incluindo na Ucrânia.
O Kremlin diz que a movimentação de tropas russas dentro de suas próprias fronteiras não deve ameaçar ninguém e propõe reduzir as tensões através da diminuição da atividade militar nas proximidades entre a Rússia e a OTAN, incluindo um acordo de a aliança não se expandir mais para leste.