O relatório aborda a importância do espaço para a área militar, econômica e vida cotidiana na comunidade e a necessidade de aumentar a defesa espacial.
O documento, intitulado de "Estratégia Espacial de Defesa: Operacionalização do Domínio Espacial", não entra em detalhes sobre o que um ataque nuclear exoatmosférico implica.
Vale mencionar que veículos de eliminação exoatmosféricos (EKV, na sigla em inglês) foram originalmente projetados como parte de sistemas de defesa antimísseis. EKV é impulsionado por um foguete antes de se separar do veículo propulsor e atingir autonomamente um míssil que se aproxima.
A sugestão de uma arma nuclear exoatmosférica no espaço sugere que essa tecnologia pode ser usada para atingir satélites adversários, fazendo com que um exército moderno fique sem tecnologia da qual ele depende.
Tal ataque, presumivelmente lançado de um satélite em órbita, seria um "evento de eliminação permanente", diz o relatório. No entanto, o documento não detalha sobre a probabilidade deste tipo de ataque, se os adversários do Reino Unido estão próximos de conseguir tais capacidades ou o que o termo "evento de eliminação permanente" significa.
O relatório apresenta a visão do Reino Unido para o futuro da sua defesa espacial e sugere ainda como "tornar-se um ator significativo no espaço".
O controle do espaço é agora fundamental para a vida moderna e capacidade militar, de acordo com o ministério. A entidade lista "comunicações globais, transações bancárias seguras, transportes, meteorologia e navegação" como todos altamente dependentes da tecnologia implantada no espaço.
De acordo com o documento, o espaço é um domínio cada vez mais competitivo, repleto de fatores ambientais, humanos e adversários. O relatório reconhece, contudo, que os perigos ambientais continuam sendo o principal obstáculo.
"Agentes hostis e concorrentes buscam maximizar a sua vantagem relativa no domínio. Devemos, portanto, trabalhar para proteger e defender os ativos do Reino Unido no espaço e os serviços derivados de recursos espaciais", alerta relatório.
Para reforçar e manter o status do Reino Unido no espaço serão investidos mais de 1,4 bilhão de libras esterlinas (R$ 10 bilhões) nos próximos dez anos.