A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA, na sigla em inglês) tem planos para derrubar a EEI no Pacífico Sul quando a estação seja retirada do serviço e for substituída por plataformas operadas comercialmente.
A NASA publicou em janeiro seus planos de transição, detalhando que a estação espacial está destinada a cair no sul do oceano Pacífico, especificamente visando o chamado Ponto Nemo – o local mais distante de qualquer continente ou ilha no planeta Terra.
O comunicado estima que a EEI se juntará a outros detritos espaciais no cemitério oceânico, onde outros países, como a Rússia, o Japão e os EUA, já depositaram mais de 263 fragmentos de detritos espaciais desde 1971.
A EEI é um projeto multinacional que uniu cinco grandes países, incluindo Rússia, Japão, Canadá e União Europeia, bem como organizações internacionais em seus desenvolvimentos e realizações científicas no espaço.
A NASA diz que plataformas operadas comercialmente substituirão a EEI, na qual colaboraram de mais de 200 astronautas de 19 países diferentes.
No início de dezembro de 2021, a NASA assinou acordos com três companhias espaciais comerciais sediadas nos EUA em uma tentativa de "permitir uma economia comercial robusta, liderada pelos EUA, em órbita terrestre baixa", lê-se no comunicado. Esses acordos estão avaliados em US$ 415,6 milhões (cerca de R$ 2,19 bilhões).
Mas, antes de ser retirada do serviço, a EEI ainda tem quase uma década de funcionamento pela frente.
"A Estação Espacial Internacional está entrando em sua terceira e mais produtiva década como uma plataforma científica inovadora em microgravidade", disse em comunicado Robyn Gatens, diretora da EEI na sede da NASA.
No ano passado, o vice-ministro russo Yuri Borisov anunciou que o país vai sair do projeto da EEI daqui a quatro anos – a partir de 2025, e iniciará a criação de sua própria estação orbital.