Panorama internacional

Quem quer que seja novo chefe da OTAN, política da aliança será decidida pelos EUA, diz analista

Qualquer dos candidatos ao cargo de secretário-geral da OTAN pode virar "nabos em saco" para a Rússia, mas em todo o caso as principais direções da política da aliança vão ser decididas em Washington, disse à Sputnik Aleksandr Bartosh, correspondente da Academia de Ciências Militares da Rússia.
Sputnik
Anteriormente, a agência DPA informou que entre os potenciais candidatos ao posto de secretário-geral da OTAN estão a ex-premiê britânica Theresa May, o primeiro-ministro holandês Mark Rutte, o presidente da Romênia Klaus Iohannis, a primeira-ministra da Estônia Kaja Kallas, bem como a antiga alta representante da UE para as Relações Exteriores e a Política de Segurança Federica Mogherini.
"O representante de qualquer um destes países pode virar 'nabos em saco' para a Rússia. Vamos esperar dele alguns passos positivos, algumas mudanças positivas em relação à Rússia", afirmou o especialista.
Contudo, ele acrescentou que "do secretário-geral da OTAN não depende muita coisa. Mesmo assim, claro, já que ele preside aos conselhos da OTAN, ele vai exercer uma determinada influência".
Aleksandr Bartosh continuou dizendo que, de qualquer forma, tudo vai depender de Washington:

"Não é nenhum segredo que as principais linhas da política da OTAN são decididas em Washington e não em Bruxelas, e não pelo secretário-geral da OTAN e nem sequer pelo Conselho da OTAN permanente. De Washington chegam diretivas bem claras, e o secretário-geral as cumpre".

"Por isso agora, antes da nomeação de um secretário-geral da OTAN, todos esses candidatos vão para Washington, serão examinados, receberão determinadas instruções e apenas depois, quando em Washington for decidido que certa candidatura é a mais adequada e em maior conformidade com os interesses nacionais dos EUA, a escolha será feita a favor de uma ou de outra pessoa", resumiu o interlocutor.
Atualmente o posto de chefe da Aliança Atlântica está ocupado pelo ex-primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg. Recentemente foi relatado que o governo norueguês decidiu nomear Stoltenberg para o cargo de chefe do Banco Central do país após ele sair do cargo atual.
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