"As medidas [contra a Rússia] que estão em discussão pelos EUA e seus aliados poderiam atingir a moeda, fomentar a inflação e forçar os investidores a sair, mas não serão suficientes para provocar a mesma agitação" que em 2014, afirma Anna Andrianova, autora de um artigo publicado hoje, sexta-feira (4), na mídia.
Conforme indica a autora na matéria, o Kremlin conseguiu aumentar suas reservas, reduzir a dívida pública para um dos mais baixos níveis entre as economias mundiais, bem como alcançar um superávit no orçamento.
Além disso, Moscou está reduzindo cada vez mais a sua dependência do dólar americano, transferindo todas as reservas financeiras e transações do comércio exterior para outras moedas, como o euro e o yuan, por exemplo.
"A Rússia está muito melhor preparada para as sanções do que estava em 2014, pelo menos nos indicadores macroeconômicos", disse à agência Natalia Lavrova, economista principal no BCS Financial Group em Moscou.
Segundo ela, apenas os mais extremos cenários de sanções podem parar o crescimento da economia do país.
Nos últimos meses, as mídias ocidentais têm escrito repetidamente sobre a alegada preparação de uma "invasão" na Ucrânia pela Rússia. O Kremlin e a chancelaria russa negam tais alegações, dizendo que são completamente "infundadas".
Conforme apontou o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, as Forças Armadas russas estão se deslocando dentro das fronteiras do país e isso não ameaça, nem deve preocupar, ninguém. Moscou ressalta que essas denúncias sobre uma suposta "agressão russa" são utilizadas como um pretexto para aumentar o contingente da OTAN nas regiões fronteiriças.