O Departamento de Defesa dos EUA anunciou na quarta-feira (2) que enviará tropas adicionais para a Polônia, Alemanha e Romênia nos próximos dias.
Autoridades de Washington disseram que o destacamento tem como objetivo reforçar o flanco leste da OTAN em meio à crise na Ucrânia.
"Esta medida é completamente contrária aos esforços diplomáticos, só faz aumentar as tensões, o que apenas leva a uma situação mais perigosa", disse Rasmussen, coronel aposentado do Exército dos EUA ao ser perguntado sobre esta medida.
Os EUA não estão cuidando da segurança da Ucrânia ou da Europa quando só tentam promover os seus próprios objetivos políticos, disse.
"A situação atual foi criada pelo Ocidente, e mais especificamente pelos Estados Unidos, por muitas razões, inclusive para desviar a atenção das questões domésticas; conter a Rússia; limitar a cooperação europeia e russa, limitando assim a soberania europeia e o desenvolvimento econômico; e manter a hegemonia dos EUA", explicou Rasmussen.
O novo envio de tropas dos EUA via provocar a Rússia e, embora Moscou não tenha planos de atacar a Ucrânia, tal desenvolvimento ou uma escalada em Donbass pode forçar o Kremlin a tomar medidas defensivas recíprocas adequadas, observou Rasmussen.
"Essas ações aumentarão as tensões, mas não acho que a Rússia vá lançar qualquer ataque", comentou.
O especialista observou que a maioria das tropas russas está atualmente em bases localizadas a centenas de quilômetros da fronteira com a Ucrânia.
A abordagem adequada seria a Europa defender os seus próprios interesses e a Ucrânia implementar os acordos de Minsk, afirmou.
Vários países ocidentais têm acusado a Rússia desde 2021 de aumentar as tensões em torno da Ucrânia, mas Moscou responde que essas acusações têm o objetivo de encobrir as mobilizações militares por parte da própria OTAN, incluindo na Ucrânia.
O Kremlin diz que a movimentação de tropas russas dentro de suas próprias fronteiras não deve ameaçar ninguém e propõe reduzir as tensões através da diminuição da atividade militar nas proximidades entre a Rússia e a OTAN, incluindo um acordo de a aliança não se expandir mais para leste.