Christian Guevara da Escola Claudia Jones para Educação Política, uma organização popular que defende a justiça social, disse que as alegações de "ameaças iminentes" foram tiradas diretamente do manual dos EUA.
Ele comparou as acusações recentes com as afirmações sobre o "eixo do mal" feitas por George W. Bush em 2002 com base em falsas informações dos EUA e do Reino Unido, um ano antes de ordenar a invasão do Iraque.
"É extremamente óbvio que os EUA e o Reino Unido estão trabalhando dia e noite para criar uma onda de medo anti-Rússia, tal como as mesmas entidades fizeram em 2002", observou Guevara.
O ativista salientou que os EUA pareceram mais capazes de enviar tropas e armas para a Ucrânia do que fornecerem uma quantidade suficiente de testes de COVID-19, bem como a assistência econômica e de saúde mais básicas para os americanos.
"Para ser claro, não seria justificado mesmo que eles tivessem feito essas coisas, mas é triste que os americanos não recebem nada e ainda seguem cegamente o que o Estado diz", acrescentou.
Nesta segunda-feira (31), um quinto voo carregando 84 toneladas de ajuda militar dos Estados Unidos chegou a Kiev, disse o ministro da Defesa ucraniano, Aleksei Reznikov.
Ainda na segunda-feira (31), o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, John Kirby, afirmou que Washington entregará remessas adicionais como parte do pacote de segurança de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) à Ucrânia.