O Facebook e o Instagram poderão ser encerrados na União Europeia se a Meta, empresa que controla esses serviços, não puder processar, armazenar e transferir dados de usuários na União Europeia (UE) para servidores nos EUA, advertiu a companhia de Mark Zuckerberg em uma ação legal citada na segunda-feira (7) pela emissora Euronews.
A Meta critica o escrutínio legal e regulador europeu das "transferências de dados transatlânticas", já reguladas por vários acordos, e que podem potencialmente "afetar a capacidade [da Meta] de fornecer nossos serviços [...] ou nossa capacidade de direcionar anúncios" através dos "sinais de dados da atividade do usuário", que permitem "entregar anúncios relevantes e eficazes aos nossos usuários" através de entidades terceiras.
Segundo o documento de quarta-feira (2) da empresa, o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), que obriga os dados de usuários a permanecerem em servidores da UE se não forem enviados a uma jurisdição que forneça uma proteção semelhante, é uma das leis que dificulta a implementação do modelo de coleta de dados do Facebook e do Instagram. O RGPD se tornou lei na UE em 2018.
A Meta defende que, se não conseguir "fornecer anúncios de uma maneira eficaz", "os marqueteiros não continuarão fazendo negócios conosco" ou "reduzirão os orçamentos que estão dispostos a nos alocar". A empresa também diz não poder usar "meios alternativos" para fornecer anúncios relevantes aos usuários.
Chamada até outubro de 2021 de Facebook, a empresa renomeada tem sido regularmente criticada ao longo dos anos pela coleta excessiva de dados de usuários, que incluem interesses pessoais e informação demográfica.