Anteriormente, o Departamento de Estado dos EUA tinha sugerido que uma mudança na Constituição belarussa poderia levar à implantação de forças nucleares russas no território do país, o que constituiria uma ameaça para a segurança da Europa.
"Gostaria de responder fazendo outra pergunta: será que nossos colegas europeus não veem uma ameaça à sua segurança não na hipotética [colocação de armas russas] em Belarus, mas na implantação real de armas nucleares dos EUA no território de vários países da OTAN, capazes de atingir alvos no território da Rússia?", disse Ermakov em resposta a um pedido para comentar as declarações do Departamento de Estado.
Segundo ele, a participação de países europeus não nucleares nas "missões nucleares conjuntas" da OTAN são "uma violação direta de suas obrigações básicas nos termos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares".
"Discordamos fortemente da tal duplicidade por parte dos países do Ocidente", enfatizou o alto funcionário russo.
No final do ano passado, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou que, em novembro de 2021, dez bombardeiros estratégicos dos EUA simularam e treinaram um ataque com armas nucleares à Rússia.