O dinheiro fornecido pelos bancos de desenvolvimento da China que incluem o China Exim Bank e o Banco de Desenvolvimento da China nesse período foi estimado em US$ 23 bilhões (R$ 120,94 bilhões), enquanto todas as outras entidades semelhantes, incluindo públicas, alocaram no total US$ 9,1 bilhões (R$ 47,85 bilhões).
Esse último valor é altamente insuficiente para cobrir as necessidades de construção de estradas, barragens e pontes, segundo Nancy Lee, autora principal do relatório e membro sênior do think tank.
Por comparação, a Corporação Financeira para o Desenvolvimento Internacional, a principal agência financeira para o desenvolvimento dos EUA, emprestou somente US$ 1,9 bilhão (R$ 9,99 bilhões), menos de um décimo da China. Já bancos de desenvolvimento multilaterais como o Banco Mundial forneceram uma média anual de apenas US$ 1,4 bilhão (R$ 7,36 bilhões) no período 2016-2020, de acordo com o relatório.
"Há muita crítica da China, mas se os governos ocidentais querem aumentar investimentos produtivos e sustentáveis para níveis significativos, eles têm de empregar seus próprios bancos de desenvolvimento e pressionar os bancos de desenvolvimento multilaterais a tornar estes investimentos uma prioridade", recomendou Lee, citada na quarta-feira (9) pela agência britânica Reuters.
Nos últimos anos os países ocidentais têm desenvolvido planos de construção de infraestrutura global em resposta à Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota da China, lançada oficialmente em 2013.
Esses projetos incluem Reconstruir um Mundo Melhor (B3W, na sigla em inglês), revelado pelo grupo G7 em junho de 2021 e fruto da iniciativa Rede Ponto Azul (BDN, na sigla em inglês), de novembro de 2019. A União Europeia também anunciou em dezembro de 2021 o Portal Global para fins de infraestrutura mundial.