Partido mais rico do Congresso: TSE aprova criação do União Brasil
Nesta terça-feira (8), o Tribunal Superior Eleitoral aprovou o registro e o estatuto do União Brasil, partido resultante da fusão das siglas DEM e PSL. Com a decisão, o novo partido será capaz de participar das eleições de outubro; o número da legenda será 44. Segundo concluiu o ministro Edson Fachin, relator do caso, todos os requisitos foram cumpridos e a decisão foi tomada por unanimidade. Isso significa o surgimento da maior bancada do Congresso: 81 deputados e 7 senadores, mas a maioria deles deverá deixar o partido em março. Além disso, o fundo partidário resultante da fusão dos Democratas com o PSL contém R$ 147,5 milhões, a maior de qualquer sigla, informa o portal UOL. O União Brasil também receberá a maior parte do fundo eleitoral.
Convenção para fusão dos partidos PSL e DEM, resultando na União Brasil, em Brasília, 6 de outubro de 2021
© Folhapress / Pedro Ladeira
Por decisão de Fachin, ex-ministro Geddel Vieira Lima cumprirá pena em liberdade condicional
O ministro Edson Fachin também autorizou a liberdade condicional do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que agora pode trabalhar e voltar para casa. Além disso, o ministro concedeu progressão de pena e dedução de 681 dias na sentença do político. Fachin concluiu que os argumentos apresentados pelos advogados do político sugerem "senso de autodisciplina e responsabilidade". Geddel Vieira Lima está na prisão desde o ano de 2017, pelo caso do "bunker da propina", um apartamento onde foram encontrados R$ 51 milhões. O político foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão, mas foi autorizado a migrar para o semiaberto em setembro de 2021. Entre 2007 e 2010, Geddel foi ministro da Secretaria do Governo na administração Temer e ministro da Integração Nacional do governo Lula.
Washington manifesta sua oposição às sanções imediatas contra Nord Stream 2
A administração Biden é contra a imposição de sanções imediatas contra o recém-construído gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), promovido pela Rússia, confirmou na terça-feira (8) a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki. "Diria que existe um certo desacordo entre nós e alguns congressistas, que sugerem que sancionar o Nord Stream 2 agora seria eficaz. Nós não concordamos", disse Psaki durante o briefing. "Acreditamos que é um instrumento de influência e que deixar claro que não prosseguirá se a Rússia invadir é uma forma de pressão", afirmando duvidar que tal abordagem (aplicar sanções contra o gasoduto) desse certo. O Partido Republicano mencionou a possibilidade de imposição de sanções contra o projeto no início de janeiro. A votação da medida ocorreu em 14 de janeiro, mas o Congresso rejeitou a iniciativa. Durante sua visita a Washington, na segunda-feira (7), o chanceler alemão Olaf Scholz ressaltou a união da Alemanha e dos EUA no assunto do gasoduto, mas o nome do projeto não foi mencionado, tendo ele evitado respostas diretas sobre o Nord Stream 2.
Logo do Nord Stream 2 ao lado de modelo 3D do gasoduto, ilustração de 8 de fevereiro de 2022
© REUTERS / DADO RUVIC
EUA aprovam possível venda de sistemas de mísseis para a Jordânia
Os Estados Unidos aprovaram uma possível venda, avaliada em US$ 70 milhões (R$ 368,2 milhões), de sistemas de lança-foguetes e equipamento relacionado para a Jordânia, informou a Agência de Cooperação para Defesa e Segurança (DSPA, na sigla em inglês). Segundo o comunicado, o Pentágono aprovou a venda potencial de sistemas de foguetes de lançamento múltiplo e outro equipamento. A Jordânia anunciou sua intenção de comprar 114 sistemas de foguetes, junto com a mesma quantidade de foguetes de treinamento de curto alcance. O pedido também incluiu equipamentos de suporte, publicações e dados técnicos, formação e equipamento do pessoal, bem como outros tipos de bens e serviços. Além do mais, o acordo deve também apoiar os interesses de segurança nacional dos EUA, ajudando a melhorar a segurança da Jordânia como um importante aliado fora da OTAN.
Bandeira da Jordânia
© AP Photo / Lisa Leutner
Defesa da China: venda de armas a Taiwan pelos EUA é 'interferência flagrante' nos assuntos chineses
A venda de armas a Taiwan pelos Estados Unidos constitui uma interferência aberta nos assuntos internos da China, disse hoje, quarta-feira (9), o ministro da Defesa da China, Wu Qian. Ontem (8), a administração americana autorizou a venda de equipamentos e serviços militares a Taiwan no valor de US$ 100 milhões, incluindo a manutenção dos sistemas de mísseis antiaéreos Patriot fabricados nos EUA. "As vendas de armas dos EUA a Taiwan violam gravemente o princípio da 'China Única' [...] Isso representa uma interferência flagrante nos assuntos internos chineses e mina a soberania e os interesses da segurança da China", segundo o comunicado. O ministro acrescentou que as vendas de armas americanas a Taiwan "corroem as relações entre a China e os EUA, bem como entre as forças armadas dos dois países. Portanto, a China expressa sua forte indignação e se opõe firmemente a elas". Wu ressaltou que o país "exorta os EUA a cancelarem de imediato o respetivo plano de venda de armas a Taiwan", acrescentando que o Exército da China fará todos os esforços para defender a soberania da nação. Além disso, Pequim insta Washington a romper todos os laços com militares taiwaneses.
Representante da Rússia na ONU: Rússia nunca anunciou planos hostis contra Ucrânia
A Rússia nunca declarou planos hostis a respeito da Ucrânia, quer a nível oficial, quer a qualquer outro, afirmou o representante permanente da Federação da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya. "A Rússia não declarou em nenhum lugar, em nenhum nível, oficial primeiramente, quaisquer planos hostis em relação à Ucrânia", disse o diplomata ao canal de televisão Rossiya 24. Ele acrescentou ainda que o Ocidente está enviando para a Ucrânia grandes quantidades de armas ofensivas, violando assim os Acordos de Minsk: "Vocês sabem que os parceiros ocidentais, ao violarem os Acordos de Minsk, estão fornecendo armamento a Kiev, e nada defensivo, mas ofensivo. Vocês sabem sobre a concentração das Forças Armadas ucranianas na linha de demarcação".