Nesta quarta-feira (9), o vice-presidente, Hamilton Mourão, foi indagado sobre a possibilidade do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, ser o vice na chapa do presidente, Jair Bolsonaro, nas eleições desse ano.
Mourão respondeu que vê "indícios" de que o presidente pode escolher Braga Netto, ao mesmo tempo, concordou que o ministro seria uma pessoa "extremamente capacitada" para o cargo, segundo a CNN Brasil.
"A escolha do vice é feita sempre, na minha visão, tomando por base dois grandes eixos: um é a composição política que vai fortalecer a chapa e o outro é o nome da confiança daquele que é o cabeça da chapa. Eu julgo que o ministro Braga Netto tem excelente relacionamento com o presidente Bolsonaro e é uma pessoa extremamente capacitada a ser o novo vice-presidente", afirmou.
Descartado por Bolsonaro, o general lembrou que o presidente até agora não anunciou seu vice.
"Existem indícios, né? Mas indícios são indícios. Então vou usar um velho aforismo aqui: eu acho que nessa hora tudo pode, nada pode, depende."
Ao analisar o que impossibilitou sua continuidade no cargo atual em uma possível reeleição, Mourão disse que procurou "agir dentro dos limites da atuação do vice no sentido de facilitar a vida do presidente", mas que a intenção pode não ter ficado clara para Bolsonaro.
"Talvez não tenha sido muito bem compreendido e tenha faltado talvez, da minha parte, mostrar isso para o presidente. O resto é questão de foro íntimo, cada um escolhe aquele que melhor lhe aprouver", opinou.
Questionado sobre o que seria mais proveitoso para o atual chefe do Executivo – ter consigo um militar ou alguém articulado dentro do Congresso, como a ministra da Agricultura, Tereza Cristina – Mourão diz que Bolsonaro sempre atribui a si próprio a interlocução com as forças políticas do Legislativo.
"É óbvio que, se ele escolher um quadro político, a exemplo da ministra Tereza Cristina, ele poderá ter mais facilidade e até atribuir determinadas tarefas para ela", ponderou.
Ao final, Mourão confirmou à mídia que estuda candidatar-se a uma vaga no Senado, mas ainda não resolveu por qual estado sairia ou a qual partido se filiaria.
"Eu estou avaliando uma possível candidatura ao Senado. Há pressões para que eu concorra pelo Rio de Janeiro, outras pelo Rio Grande do Sul [...] nos próximos 15 ou 20 dias vou definir isso", afirmou.