Panorama internacional

Plano de fuga é encontrado em cela de prisioneiros palestinos na prisão de cidade israelense (FOTO)

Ministro da Segurança Pública faz revelação ao testemunhar na investigação sobre a fuga da prisão de Gilboa e diz que o episódio do ano passado mostrou "deficiências graves".
Sputnik
Na quarta-feira (8), o ministro da Segurança Pública de Israel, Omer Barlev, disse que um plano de fuga elaborado por prisioneiros foi descoberto na prisão de Ofer, nos arredores de Jerusalém, Cisjordânia.
O plano manuscrito estava ligado a sete prisioneiros de segurança do Hamas, de acordo com relatos da mídia em língua hebraica.
De acordo com The Times of Israel, Barlev fez a revelação da descoberta do plano ao testemunhar perante um comitê que investigava a fuga de seis prisioneiros no ano passado, da prisão de Gilboa, no norte de Israel, que terminou com a captura dos fugitivos em cerca de duas semanas.
O Serviço Prisional de Israel (IPS, na sigla em inglês) disse em resposta aos comentários de Barlev que durante uma busca na segunda-feira (7), um plano detalhando sobre as medidas de segurança na instalação foi encontrado escondido em uma cela na prisão.
Um pedaço de papel que o Serviço Prisional de Israel diz detalhar um plano de fuga encontrado em uma cela na prisão de Ofer, na Cisjordânia, 7 de fevereiro de 2022
Os prisioneiros envolvidos foram imediatamente separados e colocados em isolamento em uma ala de alta segurança, informou o IPS.
Ao falar com o comitê que investiga a fuga ousada em setembro passado da prisão de Gilboa, vista como um grande constrangimento para o Serviço Prisional, o ministro admitiu haver "indícios de graves deficiências" no sistema, descrito por ele como atrasado e tecnologicamente inepto, e incapaz de investigar as próprias falhas.
"Nas primeiras horas ficou claro para mim que havia uma tentativa de fuga [anterior] em 2014, que toda a prisão foi construída sobre palafitas e que os planos da prisão estavam on-line", disse Barlev.
Os prisioneiros teriam cavado um túnel por meses antes de executar a fuga usando placas, cabo de panela, entulhos de construção e parte de um cabide de metal.
"Está claro que uma organização que [ainda] trabalha usando papel e caneta é uma organização que não pode avançar e não tem capacidade de autoinvestigação", acusou.
Cinco dos seis presos que escaparam eram membros do movimento Jihad Islâmica, juntamente com o comandante das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, Zakaria Zubeidi. Vários haviam sido condenados por crimes capitais e estavam cumprindo penas de prisão perpétua.
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