Autoridades dos EUA se prepararam para a possibilidade de manifestações em todo o país. O Departamento de Segurança Interna enviou um boletim às agências policiais locais e estaduais, alertando-as sobre a interrupção.
O documento obtido pelo Wall Street Journal sustenta que caminhoneiros planejam "bloquear potencialmente estradas nas principais cidades metropolitanas".
"Embora atualmente não haja indícios de violência planejada ou agitação civil, se centenas de caminhões convergirem em uma grande cidade metropolitana, o comboio poderá interromper gravemente o transporte, o governo federal, e as operações de aplicação da lei e serviços de emergência por meio de engarrafamentos e possíveis contraprotestos", diz o comunicado.
O boletim afirmou que um protesto poderia começar no sul da Califórnia neste fim de semana, possivelmente afetando o tráfego ao redor do Super Bowl, antes de chegar a Washington em março.
O protesto que ocorre na fronteira EUA-Canadá já fez com que a Toyota interrompesse a produção em suas fábricas em Ontário e Kentucky devido aos problemas de fornecimento.
Pela mesma razão, a Ford também fechou sua fábrica em Ontário na quarta-feira (9). As montadoras sediadas em Detroit começaram a reduzir a produção e demitir temporariamente funcionários, pois enfrentam dificuldades para garantir suprimentos.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o governo de Joe Biden está observando o bloqueio da ponte de perto, inclusive prevendo os riscos para a indústria automobilística.
Caminhoneiros canadenses estiveram na fronteira do país protestando contra a exigência de que as pessoas sejam totalmente vacinadas para chegar aos EUA.
Centenas de manifestantes paralisaram as ruas do centro de Ottawa por quase duas semanas e mantiveram bloqueios em outras passagens fronteiriças.