"Também estamos agora analisando se devemos ter uma mudança mais a longo prazo da nossa postura na parte leste da aliança. Atualmente temos grupos de combate nos Países Bálticos e na Polônia. O Reino Unido está liderando o grupo de combate na Estônia, mas também aumentando sua presença na Polônia, mas agora estamos considerando ter grupos de combate semelhantes, por exemplo, na região do mar Negro na Romênia", disse hoje (10) Stoltenberg durante uma coletiva de imprensa com o premiê britânico Boris Johnson.
Ainda nesta quinta-feira (10) o gabinete do primeiro-ministro disse que o Reino Unido colocaria em prontidão 1.000 militares adicionais para apoiar o flanco leste da OTAN para resposta humanitária em caso de necessidade.
Stoltenberg acrescentou que os ministros da Defesa da OTAN discutirão o fortalecimento da Aliança e a implantação de grupos de combate adicionais no sudeste da Europa em 16 e 17 de fevereiro.
Ao mesmo tempo, ele acrescentou que enviou uma carta ao chanceler russo, Sergei Lavrov, convidando-o a continuar as negociações no âmbito do Conselho Rússia-OTAN, a fim de "encontrar um caminho em frente diplomático".
Anteriormente, Moscou expressou suas preocupações sobre os exercícios militares da OTAN Cold Response no Ártico, programados para o início de março, dizendo que as manobras vão aumentar as tensões e os riscos de incidentes. Cerca de 35.000 soldados de 28 países devem participar desses exercícios.
Os exercícios serão conduzidos em várias fases, algumas das quais no mar da Noruega e outras no norte e centro deste país escandinavo, segundo foi comunicado pelo comando operacional das Forças Armadas da Noruega à Frota do Norte da Rússia.