A Casa Branca disse nesta sexta-feira (11) que acredita que a Rússia tem tudo para invadir a Ucrânia "a qualquer momento".
Em seu pronunciamento à imprensa, Jake Sullivan pediu aos cidadãos norte-americanos que saiam da Ucrânia, "porque não há chance de uma evacuação militar dos EUA como a do Afeganistão".
Conselheiro de Segurança Nacional do presidente Joe Biden, Sullivan disse que "uma invasão pode começar a qualquer momento", inclusive "durante as Olimpíadas". Em seguida, ele descreveu o que seria a invasão da Rússia à Kiev.
"Provavelmente começará com bombardeios aéreos e ataques com mísseis", enquanto o ataque terrestre subsequente também interromperia as comunicações. "Ninguém poderia contar com partidas aéreas, ferroviárias ou rodoviárias, uma vez que a ação militar começasse", disse Sullivan.
Pressionado a fornecer detalhes, Sullivan disse que a comunidade de inteligência dos EUA avaliou que o acúmulo de tropas russas perto da Ucrânia sugere uma "possibilidade muito distinta de que a Rússia possa escolher" tomar uma ação militar "em um prazo razoavelmente rápido".
Ainda citando o setor de inteligência norte-americano, o conselheiro previu que existe uma "possibilidade distinta" de Putin ordenar uma invasão antes de 20 de fevereiro.
É importante frisar que Moscou rejeitou repetidamente as alegações dos EUA de que planeja invadir a Ucrânia.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em resposta às notícias de um plano dos EUA de enviar milhares de tropas extras para a Polônia, disse que a "histeria da Casa Branca é mais reveladora do que nunca".
Ela acrescentou que "provocações, desinformação e ameaças" servem como um caminho preferencial para os EUA e seus aliados resolverem seus próprios problemas, e denunciou que os EUA "precisam de uma guerra. A qualquer preço".
Nos últimos meses, países ocidentais acusaram a Rússia de seu suposto plano de atacar a Ucrânia. Entretanto, os EUA e seus aliados da OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte) continuam aumentando sua presença militar na Europa Oriental.
Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, durante briefing em Moscou, Rússia. Foto de arquivo
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