De acordo com reportagem do South China Morning Post (SCMP), os exercícios foram realizados ao mesmo tempo nos mares Amarelo, do Sul da China e da China Oriental nesta quarta-feira (9).
No mar da China Oriental decorreram exercícios de combate com três destróieres para melhorar a defesa antiaérea e a capacidade de manobra, segundo informações da emissora estatal chinesa CCTV, citada pelo SCMP. Entre as embarcações estava o moderno destróier Type 052D Xiamen.
Destróier chinês, Type 052D
© AP Photo / Mark Schiefelbein
Também na quarta-feira (9), os testes no mar do Sul da China foram realizados com um navio-hospital e outro de reabastecimento. Foram simulados cenários de guerra em que os dois navios tiveram que trabalhar em conjunto realizando missões de busca e resgate e reabastecimento. Já no mar Amarelo, a Marinha chinesa simulou uma operação de resgate de uma embarcação em chamas.
Os três testes ocorreram apenas dois dias depois do término dos cinco dias de exercícios realizados em conjunto pelas marinhas do Japão e dos Estados Unidos, chamados Noble Fusion 2022 (Fusão Nobre 2022, em português).
"Por meio desses exercícios, a China e os Estados Unidos podem testar as intenções um do outro e também as capacidades militares e o estado de preparação", disse o especialista militar Zhou Chenming, citado pelo SCMP.
Os testes realizados pelas forças navais norte-americana e japonesa terminaram na segunda-feira (7). Foram envolvidos cerca de 15.000 marinheiros e fuzileiros dos EUA e 1.000 militares da Marinha japonesa. Os exercícios tiveram lugar no oceano Pacífico, próximo a Taiwan.
De acordo com declaração do comandante norte-americano contra-almirante Chris Engdahl, citado pelo SCMP, os exercícios não visaram nenhum adversário em especial e tiveram o intuito de demonstrar a "capacidade de reunir forças e se mover rapidamente, assim como fortalecer parcerias".
Taiwan é um território autogovernado, mas com laços estreitos com os EUA, apesar da falta de reconhecimento oficial por parte de Washington. Pequim declara que apenas é uma questão de tempo até Taipé se reunificar com a China continental e que se trata de uma questão interna do país.