Panorama internacional

Blinken visita Fiji para 'conter' influência da China no Pacífico

O secretário de Estado dos EUA participou hoje (12) da cúpula virtual Fórum das Ilhas do Pacífico, em uma tentativa de incentivar a cooperação com uma região com crescente influência da China.
Sputnik
Os EUA vão abrir uma embaixada nas Ilhas Salomão para conter o aumento da influência da China no Pacífico, anunciou no sábado (12) Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, na cúpula virtual Fórum das Ilhas do Pacífico, da qual participaram líderes de vários países regionais.
"Fiji e todas as nações insulares do Pacífico são uma parte vital da região do Indo-Pacífico", disse Blinken em uma coletiva de imprensa com Aiyaz Sayed-Khaiyu, primeiro-ministro interino de Fiji, citado pela agência britânica Reuters.
O alto responsável fijiano expressou preocupação com temas como as mudanças climáticas e a falta de atenção por parte dos países maiores para com os Estados do Pacífico, apesar de serem "os guardiões do maior continente oceânico no mundo, que tem sido crucial para o bem-estar de toda a gente em todo o mundo", de acordo com a Reuters. Sayed-Khaiyu disse esperar que esta cúpula seja o começo de uma relação mais direta dos EUA com a região.
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Um funcionário sênior norte-americano disse em um briefing a caminho de Fiji que "há indicações muito claras que [a China] quer estabelecer relações militares no Pacífico", e destacou o caso das Ilhas Salomão, afirmando que "o pessoal de segurança chinês" ajudou um "presidente cada vez mais cercado".
Em 2019 as Ilhas Salomão passaram a reconhecer soberania chinesa sobre Taiwan. Manasseh Sogavare, primeiro-ministro do país insular, acusou o governo da província de Malaita, que se opôs à ação, de ser "agente de Taiwan", depois que manifestantes locais viajaram à capital para protestar contra a mudança diplomática.
Esta é a primeira visita de um secretário de Estado dos EUA a Fiji em quatro décadas.
Blinken visitou Fiji após representar os EUA em uma reunião do Quad em Melbourne, Austrália, com líderes australianos, da Índia e do Japão. Os dirigentes dos quatro países prometeram aumentar a cooperação para apoiar um Indo-Pacífico "livre de coerção", uma referência ao aumento do poder econômico e político da China na região. Apesar disso, o secretário de Estado dos EUA negou que a realização do Fórum das Ilhas do Pacífico fosse exclusivamente focada em Pequim.
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