Antes das negociações, Blinken afirmou que uma "invasão" russa do país vizinho poderia começar "a qualquer momento", acusando Moscou de "escalada". A Rússia rejeitou veementemente possuir quaisquer planos de invasão.
"Como observou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, a resposta de Washington e Bruxelas relativamente aos projetos de tratado russo-americano e ao acordo com a OTAN sobre garantias de segurança ignora os aspectos fundamentais para nós, nomeadamente sobre a não expansão da aliança e não implantação de sistemas de armamentos ofensivos perto das fronteiras russas", aponta o comunicado da chancelaria russa.
Na conversa, Lavrov recordou ao seu homólogo americano sobre a inadmissibilidade de ações que violem as obrigações de manter a indivisibilidade da segurança na Europa e na região do Atlântico.
O chefe da diplomacia russa declarou também que a campanha de propaganda dos EUA e seus aliados em relação à alegada "agressão russa" contra a Ucrânia persegue objetivos provocativos.
"O ministro ressaltou que a campanha de propaganda lançada pelos EUA e seus aliados sobre a 'agressão russa' contra a Ucrânia persegue objetivos provocativos, incentivando as autoridades de Kiev a sabotar os acordos de Minsk e a tentativas perniciosas de resolver os 'problemas de Donbass' pela força", lê-se na nota divulgada pela chancelaria russa.
Ainda neste sábado (12), Maria Zakharova, representante oficial da chancelaria russa disse que, devido à grande quantidade de armas e instrutores enviados pelo Ocidente à Ucrânia, a Rússia chega à conclusão que os EUA e Reino Unido, pelo visto, sabem de determinadas ações militares que estão sendo preparadas e que podem complicar a situação.