O objetivo da campanha no Ocidente contra a supostamente planejada invasão da Ucrânia é realizar uma provocação disse no sábado (12) Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"[Tratar isso] exatamente como uma histeria. Qual é o objetivo dessa histeria? Inflamar a situação, e, claro, a atividade provocativa. Faz parte do alcance internacional da provocação", apontou ela no sábado (12) no canal Solovyov Live no YouTube, em relação aos supostos planos da Rússia de invadir a Ucrânia na quarta-feira (16).
Segundo Zakharova, a provocação começou não há duas semanas, ela decorre na base no conflito ucraniano de há muitos anos, preparado e "ativamente dirigido pelos EUA".
A representante da chancelaria russa acrescentou que, do ponto de vista informacional, a situação tem sido levada ao limite, e que Kiev faz de conta que não está participando da questão.
Zakharova atribuiu a retirada da bandeira do Reino Unido de sua embaixada em Kiev à mesma campanha informacional.
"Isso [retirada da bandeira] acontece quando uma embaixada para oficialmente seu trabalho. Isso acontece de várias formas. Isso aconteceu conosco naqueles casos em que, por exemplo, o consulado-geral da Rússia em São Francisco, que foi fechado por uma ordem semelhante completamente engendradada de Washington. Isso estava ligado a lá supostamente existir um ninho da inteligência da Federação da Rússia", continuou Zakharova.
"Já ela [a embaixada da Rússia em Kiev] continua funcionando. O resto é um espetáculo que faz parte da atividade provocativa político-informacional", sublinhou a representante da chancelaria russa.
Os EUA afirmam que a invasão pode começar nos próximos dias, enquanto a Rússia nega ter planos de o fazer.
Nos últimos meses, países no Ocidente têm acusado a Rússia de ter planos de invadir a Ucrânia, citando a proximidade de tropas russas da fronteira com seu vizinho, e chegando a referir datas. Moscou responde que tem todo o direito de movimentar seus militares no seu próprio território, que essas ações não devem preocupar ninguém, e questiona a crescente presença militar da OTAN no Leste Europeu, incluindo na Ucrânia, que não é Estado-membro da Aliança Atlântica.