"Dada a influência significativa que Washington e Londres têm sobre Kiev, e em geral o seu papel na gestão dos processos na Ucrânia (basta termos apenas em conta o envio maciço de armas e instrutores), concluímos que os nossos colegas americanos e britânicos parecem ter conhecimento de determinadas ações militares que estão sendo preparadas na Ucrânia, capazes de complicar significativamente a situação de segurança", lê-se no comunicado publicado na página oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Nesta segunda-feira (7), o Reino Unido anunciou o envio de tropas adicionais à Polônia, em meio às tensões fronteiriças entre a Rússia e a Ucrânia.
O Ocidente acusa a Rússia de supostamente planejar a escalada da situação em torno da Ucrânia. Moscou tem categoricamente negado tais alegações, afirmado que não ameaça ninguém, e que todas essas declarações são usadas como pretexto para implantar mais armas e equipamentos militares da OTAN perto das fronteiras russas.
Anteriormente, o chanceler russo Sergei Lavrov disse que a Rússia não dá motivos para uma situação de conflito em torno da Ucrânia. Segundo ele, Moscou não descarta que a histeria atiçada pelo Ocidente em torno da Ucrânia tenha como objetivo encobrir a política de Kiev de sabotagem dos acordos de Minsk sobre Donbass.
De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a histeria de informação dos EUA e OTAN relativamente à Ucrânia envolve um grande número de mentiras e falsificações.