Falta pouco tempo para o presidente, Jair Bolsonaro (PL), entrar no avião e seguir para Moscou. Segundo a agenda do presidente, o voo está marcado para às 18h00.
Entretanto, até o último momento, autoridades norte-americanas verbalizam sobre a ida do mandatário à capital russa.
De acordo com a revista Veja, um funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse, em condição de anonimato, que o Brasil deveria usar a oportunidade para reforçar a Moscou "a preocupação dos Estados Unidos e de outras nações sobre o papel desestabilizador que a Rússia está desempenhando e a ameaça atual à soberania e integridade territorial da Ucrânia".
"Como líderes democráticos, os EUA e o Brasil têm responsabilidade de se posicionar por princípios democráticos. Esperamos que o Brasil assuma esta oportunidade para reforçar esta mensagem em suas conversas em Moscou", declarou.
Ainda segundo o funcionário, a posição do governo norte-americano sobre o suposto aumento da presença militar russa na fronteira com a Ucrânia foi comunicada ao governo brasileiro, com quem "mantém diálogos regulares em todos os níveis".
Os EUA e a OTAN insistem em dizer que uma invasão russa da Ucrânia está na iminência de acontecer, enquanto o Kremlin já negou diversas vezes ter a intenção de fazer tal ação.
Até o momento, Washington e seus aliados não responderam efetivamente às demandas de garantias de segurança pedidas por Moscou, principalmente a que está ligada ao avanço da OTAN em países do Leste Europeu, o que é visto pela Rússia como uma ameaça ao seu território.
14 de fevereiro 2022, 08:22