O anúncio foi realizado por Blinken em uma declaração nesta segunda-feira (14), ressaltando as movimentações de tropas russas como justificativa da mudança, apesar das reiteradas afirmações da Rússia de que não pretende invadir a Ucrânia.
"Estamos no processo de realocar temporariamente nossas operações da embaixada na Ucrânia de Kiev para Lvov devido à dramática aceleração do acúmulo de forças russas", disse Blinken, acrescentando que a embaixada permanecerá envolvida com o governo ucraniano, coordenando as relações diplomáticas no país.
A cidade ucraniana de Lvov fica na região mais ocidental do país, distante da fronteira leste com a Rússia e a cerca de 500 km da capital Kiev. Lvov é também próxima das fronteiras com a Polônia, Eslováquia e Hungria. Os EUA já têm um consulado na cidade.
Em Lviv, na Ucrânia, um soldado ucraniano manuseia um M141 BDM fornecido pelos Estados Unidos, em 4 de fevereiro de 2022
© REUTERS / Roman Baluk
Mais cedo nesta segunda-feira (14), o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou em reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que existe a necessidade da Ucrânia entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A eventual entrada da Ucrânia na organização é vista por Moscou como uma ameaça à segurança nacional russa.
Os EUA e seus aliados na OTAN acusam a Rússia de acumular tropas na fronteira com a Ucrânia com o objetivo de invadir o país vizinho. Em meio às negociações diplomáticas, países da aliança militar têm enviado tropas e armas ao Leste Europeu sob argumentos defensivos.
Moscou nega as acusações de Washington e aponta que não tem intenções de invadir nenhum país. Além disso, o Kremlin ressalta que tem o direito de movimentar suas tropas dentro de seu território e aponta suas próprias preocupações em relação ao avanço militar da OTAN em direção às fronteiras russas.
Moscou nega as acusações de Washington e aponta que não tem intenções de invadir nenhum país. Além disso, o Kremlin ressalta que tem o direito de movimentar suas tropas dentro de seu território e aponta suas próprias preocupações em relação ao avanço militar da OTAN em direção às fronteiras russas.