Foi revelado que essa é uma falange distal quase completa de um dedo e pertenceu a uma criança de 3-12 anos. Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista Archaeological and Anthropological Sciences.
A gruta Romanelli encontra-se na região de Apúlia, na costa do mar Adriático. Este monumento paleolítico começou a ser pesquisado no início do século passado até os anos 60, e os trabalhos reiniciaram-se após várias décadas, em 2015.
Alessio Iannucci, da Universidade de Roma, em conjunto com pesquisadores da Alemanha, Itália e Portugal, conduziu escavações na gruta e encontrou na camada referente à época de Tarentiano um osso humano. A falange estava quase completa e seu comprimento máximo é de 7,8 milímetros.
Novo fóssil humano dos níveis do Pleistoceno tardio da gruta Romanelli publicado na revista Archaeological and Anthropological Sciences
Os cientistas notaram que a maioria dos fósseis de falanges humanas pesquisadas pertenciam a adultos, por isso o osso foi comparado com as características dos seres humanos modernos.
Eles sugerem que a falange pertenceria a uma criança de três a 12 anos, mas, devido à pouca idade do indivíduo, não conseguiram determinar o dedo exato do osso.
O achado comprovou que os humanos visitaram a gruta Romanelli na fase final do Paleolítico Superior.
A caverna italiana contém uma das maiores coleções paleontológicas na Itália da época do Tarentiano. Os especialistas descobriram lá milhares de fósseis de animais vertebrados, inclusive de mamíferos grandes e pequenos, répteis, anfíbios e peixes. Na gruta também foram achados múltiplas ferramentas, pinturas rupestres, três sepulturas e vários ossos isolados.