Nesta segunda-feira (14), a Fifa anunciou que o clássico entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo que iria acontecer em São Paulo, vai ter de ser realizado em outra data e local ainda não determinados.
O jogo, interrompido pela invasão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao gramado da Arena Corinthians, no ano passado, não mexe na tabela da competição que segue com Brasil e Argentina garantidos para o Mundial do Catar. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e AFA (Associação de Futebol Argentino) queriam os pontos da partida, ao contrário da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e da Fifa, que preferem o campo.
Segundo o Globo Esporte, a partida possivelmente deve ter data em junho.
A Fifa também anunciou punições aos envolvidos no episódio do ano passado. A CBF foi multada em R$ 3,1 milhões por causa das falhas na organização do jogo e pela invasão do campo. Já a AFA recebeu uma multa de R$ 1,4 milhão por ter tido jogadores burlando as regras sanitárias brasileiras. Os jogadores Emiliano Martínez, Giovanni Lo Celso, Cristian Romero e Emiliano Buendía foram suspensos por dois jogos, que terão de ser cumpridos na data Fifa de março, mas ainda com chances de participar do jogo contra o Brasil.
CBF e AFA podem recorrer da decisão junto ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) caso o Comitê de Apelação da Fifa negue o pedido.
'Falta grave'
No dia 5 de setembro de 2021, o jogo entre Brasil e Argentina foi interrompido minutos depois do início da partida, quando técnicos da Anvisa tentavam notificar quatro jogadores da Argentina que teriam burlado normas sanitárias ao entrar no Brasil.
Com três titulares (dentre os quatro) jogando na Inglaterra, os jogadores eram obrigados a fazer quarentena de 14 dias ao entrar no Brasil pelas regras vigentes na época. Mas dois dias antes do jogo, ao entrarem no Brasil, os jogadores omitiram o fato das autoridades sanitárias que só se deram conta do fato, no dia seguinte.
Mesmo vacinados e com testes negativo, a Anvisa "entrou de sola" nos jogadores e não deu espaço para negociações