Nesta segunda-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado de alguns ministros, seguirá para Rússia a fim de encontrar seu homólogo, Vladimir Putin.
No geral, a imprensa brasileira tem publicado diversos artigos sobre a viagem do presidente pelo o momento em que ela acontece – em meio às tensões entre Rússia e o Ocidente sobre a Ucrânia – e também pelo pedido do governo Biden para que o mandatário não fosse a Moscou, visto que poderia enviar um sinal de apoio ao lado russo.
Entretanto hoje (14), o vice-presidente, Hamilton Mourão, voltou a afirmar que a viagem de Bolsonaro não deve causar problemas ao Brasil, e que o presidente argentino, Alberto Fernández, foi a Moscou e não teve nenhuma questão.
"Na semana passada, o presidente da Argentina [Alberto Fernández] esteve lá [na Rússia], zero trauma", disse Mourão citado pela Folha de São Paulo.
Mais precisamente, Fernández esteve em Moscou há duas semanas atrás, entre os dias 3 e 4 de fevereiro. Em seu encontro com Putin, o mandatário argentino afirmou que os EUA têm grande parte da culpa pela dívida de Buenos Aires com FMI e pediu o ingresso da Argentina no bloco do BRICS.
Mourão ainda declarou que a tensão na região é "fruto das pressões de ambos os lados", segundo a mídia.
"Na minha opinião, vai ficar nesse jogo de pressão. A viagem do presidente é de um dia só, sem maiores problemas", afirmou.
No sábado (12), Bolsonaro confirmou que sua ida estava mantida, e conforme noticiado, levará ministros para "tratarmos de assuntos que interessam aos países".
"Fui convidado pelo presidente Putin. O Brasil depende em grande parte de fertilizantes da Rússia, da Bielorrúsia [Belarus]. Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam aos nossos países, como energia, defesa e agricultura", afirmou o presidente.
Em uma "ginástica diplomática", o Itamaraty divulgou na sexta-feira (11), nas vésperas da viagem do presidente, uma nota onde celebra os 30 anos de parceria com a Ucrânia.