"Embora o conhecimento anterior seja limitado, acreditava-se que essas rochas fundidas ricas em água, chamadas de magma hidratado, seriam mais densas do que a rocha sólida acima delas, e assim formariam vastas piscinas de magma em profundidades próximas a 400 km", explicou o pesquisador da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e um dos autores do projeto, James Drewitt.
"Nós queríamos determinar as propriedades dos magmas hidratados para recriar seu comportamento, como eles fluem e para onde vão depois de se formarem no manto profundo, para fornecer uma visão mais precisa do ciclo da água nas profundezas da Terra, que está intimamente ligado à habitabilidade da Terra", explicou Drewitt.
"Ao incorporar essas descobertas em modelos de circulação do manto global, descobrimos que, em escalas de tempo geológicas, a água presente em magmas hidratados foi transportada do manto inferior e médio para o manto superior, resultando em uma massa de água semelhante a encontrada em todos os oceanos da Terra combinados e distribuídos uniformemente por todo o manto da Terra nos dias de hoje", completou Drewitt.