A conversa entre os dois ministros ocorreu na segunda-feira (14), em meio ao andamento dos exercícios militares entre Belarus e Rússia e às tensões fronteiriças na Ucrânia. Conforme publicou a agência belarussa de notícias Belta, Khrenin afirmou que apoia o esforço para o alívio das tensões.
"A conversa foi iniciativa do ministro da Defesa da Ucrânia. Claro, eu a apoiei com o objetivo de aliviar determinadas tensões devido ao exercício atual e da situação político-militar em torno de nossos países em geral. Nós conversamos sobre questões sensíveis e discutimos as perspectivas de retomar a cooperação militar", disse o ministro.
Na semana passada, Rússia e Belarus deram início a exercícios militares conjuntos no território belarusso. Segundo o Ministério da Defesa russo, as atividades buscam garantir meios de combate à agressão externa no âmbito do Estado da União da Rússia e Belarus. O encerramento dos exercícios conjuntos está previsto para o domingo (20).
Exercícios militares conjuntos da Rússia e Belarus na região de Nizhny Novgorod
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/ Ainda na segunda-feira (14), Reznikov usou as redes sociais para comentar o diálogo.
Participei de uma conversa com o ministro da Defesa de Belarus, Viktor Khrenin. O objetivo do diálogo foi reduzir o estresse e prevenir a escalada nas relações. Nós discutimos tópicos pontuais e determinamos o algoritmo para as próximas interações. Vejo isso como um sinal positivo e o primeiro passo em direção à cooperação.
O Ministério da Defesa ucraniano também disse que Reznikov concordou em enviar um adido de defesa ucraniano para o exercício militar em Belarus e convidou um adido de defesa belarusso para visitar a Ucrânia e participar dos exercícios militares Metel-2022.
Em Bruxelas, o presidente norte-americano, Joe Biden, chega à reunião da OTAN, em 14 de junho de 2021
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Os Estados Unidos e países aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) acusam a Rússia de acumular tropas na fronteira com a Ucrânia com o objetivo de invadir o país. As acusações também apontam a possibilidade de que a suposta invasão ocorra a partir de Belarus.
Moscou e Minsk negam as acusações. O Kremlin aponta ainda preocupações com a mobilização de tropas e armas da OTAN na região e ressalta que não tem a intenção de invadir nenhum país.