Nesta terça-feira (15), uma operação ambiciosa da Polícia Federal, que ocorre em cinco estados do Brasil e três diferentes países, simultaneamente, prendeu pelo menos 12 pessoas, de acordo com o G1.
No total, os agentes saíram para cumprir 39 mandados de prisão e 47 de busca. A PF contou com o apoio da Receita Federal, com o Ministério Público Federal (MPF), com a Drug Enforcement Administration (DEA) — a agência antidrogas dos Estados Unidos — e com a Europol.
Um dos focos da operação foi no estado do Rio de Janeiro, mas especificamente na Vila Cruzeiro, na Penha, onde dois blindados foram encaminhados para o local. Conforme registrado por moradores, houve intenso tiroteio.
Na última sexta-feira (11), uma operação na região terminou com nove mortos em confronto. Todos eram criminosos, de acordo com a polícia.
A mídia relata que, em dois anos de investigações, a PF apreendeu pelo menos dez toneladas de cocaína e reteve quase R$ 15 milhões.
Uma das operações, batizada de Turfe, buscava cumprir 20 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso. Além dos mandatos nacionais, há medidas de cooperação policial no Paraguai, Espanha e Emirados Árabes Unidos.
Em um ano e meio de investigações, a força-tarefa identificou uma quadrilha que trazia drogas da Bolívia e da Colômbia para o Rio, e da cidade, enviava os entorpecentes à Europa. O tráfico acontecia utilizando a prática conhecida como rip-on rip-off, que consiste em usar uma exportação legítima para enviar a droga ao exterior ao ser inserida em contêineres a serem exportados.
Na foto, policiais do Comando de Operações Táticas (COT) da PF se agrupam para começar as operações nesta manhã, Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 2022
© Folhapress / José Lucena
Outra operação realizada pela PF foi a Operação Brutium, na qual os policiais federais buscavam cumprir 19 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
Em dois anos de investigações, a PF descobriu que a organização criminosa No Limit Soldiers (Soldados Sem Limites, na tradução) se aliou às duas maiores facções brasileiras para enviar cocaína da Bolívia e do Peru para a Europa.
A No Limits Soldiers surgiu em Curaçao, no Caribe, e se expandiu para a América Central e a Holanda, com apoio da DEA e das forças de segurança de França, Marrocos, Bélgica e Espanha, a PF apreendeu mais de duas toneladas de cocaína no Brasil, na Europa e na África, e R$ 3,5 milhões.