Panorama internacional

OTAN e Estados Unidos respondem positivamente a iniciativas russas antes rejeitadas, diz Lavrov

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, informou nesta terça-feira (15) que vai continuar negociando com os países do Ocidente.
Sputnik
Depois de anos de recusas, Sergei Lavrov disse que os Estados Unidos e a OTAN começaram a reagir positivamente às propostas de segurança sugeridas por Moscou. Ele falou especificamente sobre a disposição do bloco em discutir tratados de controle de armas na Europa.
"A rapidez com que a OTAN mudou de posição sugere que nem tudo está perdido nas nossas relações com o bloco. [Isso indica] que eles podem admitir o óbvio quando realmente querem", afirmou Lavrov.
O ministro também disse que seria um grande alívio se a Ucrânia abandonasse seus planos de se tornar membro da OTAN.
Lavrov afirmou ainda que a Rússia vai continuar o diálogo com o Ocidente para entender até que ponto os países ocidentais estão determinados a finalizar um acordo real sobre segurança. Ele especificou que assuntos como os armamentos de curto e médio alcance, assim como a redução dos riscos de guerra, serão discutidos nessas negociações.

"Acredito que, graças aos esforços em todas essas áreas combinadas, pode ser desenvolvido um pacote muito bom", disse Lavrov.

Após reunião nesta terça (15) entre o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Zbigniew Rau, que também é presidente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), e o seu homólogo russo Lavrov, o líder polonês acredita que as tensões entre a Rússia e o Ocidente podem ser reduzidas.

"Minhas conversas hoje com o ministro [Lavrov] me permitem acreditar que, graças a esses esforços diversificados, apesar das tensões internacionais, a distância entre nossas posições […] tem chance de ser estreitada", disse Rau.

Lavrov reforçou mais uma vez que a Rússia não tem planos de invadir a Ucrânia e classificou como "info-terrorismo" a constante cobertura midiática sobre o assunto. O ministro justificou que Moscou tem o direito de movimentar tropas dentro de seu território soberano e isto inclui a realização de exercícios militares.
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Sobre a recente retirada de parte das forças que estavam perto da fronteira com a Ucrânia, Lavrov disse que a movimentação já estava agendada previamente.
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