Blinken disse ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que se a paz é buscada, "o governo russo pode anunciar hoje [17], sem qualificação de equívoco ou desvio, que a Rússia não invadirá a Ucrânia".
Durante a reunião, o secretário expôs ao conselho que Washington acredita que os russos poderiam tentar invadir a Ucrânia, alertando que Moscou estava se preparando para tomar tal ação militar nos "próximos dias", razão pela qual resolveu escrever uma carta ao chanceler russo, Sergei Lavrov, propondo que se reúnam na próxima semana na Europa para enfrentar a crise na Ucrânia.
"Hoje cedo enviei uma carta ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, propondo que nos reuníssemos na próxima semana na Europa para acompanhar nossas conversas das últimas semanas e discutir as medidas que podemos tomar para resolver esta crise sem conflito", informou Blinken.
O representante dos EUA afirmou que chegou às Nações Unidas "não para iniciar uma guerra, mas para evitar uma".
Falando perante Blinken, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Vershinin, apelou aos membros do conselho para não transformarem a reunião "em um circo", com a apresentação de uma "acusação infundada dizendo que a Rússia supostamente atacaria a Ucrânia".
"Acho que já tivemos especulações suficientes sobre isso", disse Vershinin. "Há muito tempo esclarecemos tudo e explicamos tudo."
Na última terça-feira (15), Blinken conversou com Lavrov reiterando a preocupação de Washington com uma possível invasão à Ucrânia e afirmou que os EUA estão empenhados em procurar uma solução diplomática para a crise, mas acrescentou que seria necessário ver "uma desescalada verificável, credível e significativa nas tensões".
Os EUA vêm alertando há meses que a Rússia estaria supostamente se preparando para invadir a Ucrânia, alegações que Moscou tem negado repetidamente, afirmando que não só não tem planos de atacar país algum, como tem proposto garantias de segurança para a região.