"Temos medidas técnicas e militares suficientes que forçarão os Estados Unidos a cuidar de sua própria segurança, e não a Ucrânia, que está muito longe deles", afirmou, acrescentando em seguida que "a implantação de bases militares na América Latina pode ser parte da resposta", disse Yuri Shvytkin, ao jornal russo Gazeta.Ru nesta sexta-feira (18).
"Os Estados Unidos têm medo disso, porque estará perto o suficiente para que nossos mísseis voem. Acho que os norte-americanos realmente não querem que os mísseis cheguem a Nova York ou Washington rapidamente", acrescentou Shvytkin.
Do ponto de vista do deputado, Moscou não quer que tal cenário se desenvolva e está fazendo de tudo para resolver todas as disputas com os Estados Unidos por meios políticos e diplomáticos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin (à esquerda), durante encontro com o presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel Bermudez (à direita) em Moscou.. Foto de arquivo
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Mas, segundo ele, há um reforço do contingente militar da OTAN perto das fronteiras russas, inclusive na Polônia, Romênia e países bálticos.
As implantações soviéticas em Cuba eram comuns durante a Guerra Fria, mais notoriamente os mísseis balísticos com armas nucleares R-12 e R-14 e os bombardeiros Il-28 que desencadearam a crise dos mísseis cubanos de 1962.
Mais recentemente, bombardeiros russos Tu-160 White Swan fizeram várias viagens à Venezuela, inclusive em 2018 em meio a outra situação tensa com a Ucrânia e a OTAN.
Caracas e Moscou teriam concordado com o princípio de estabelecer uma base militar russa na Ilha La Orchila, no mar do Caribe, na época.