Taiwan reporta que aeronaves do ELP da China realizaram exercícios em sua zona de defesa aérea

De acordo com o South China Morning Post (SCMP), Taipé está atenta às movimentações da China enquanto grande parte do mundo está focada nas tensões entre Rússia e Ucrânia.
Sputnik
Segundo reportagem do SCMP, o Ministério da Defesa de Taiwan afirma que três aeronaves realizaram exercícios de combate militar dentro da zona de defesa aérea de Taiwan na última quarta-feira (16).
O ministério taiwanês afirmou que dentre as três aeronaves estavam dois aviões modelo Y-8, um de inteligência eletrônica e outro de inteligência de guerra, além de um helicóptero anti-submarino modelo Ka-28, que é uma versão atualizada do helicóptero Ka-27, desenvolvido pela União Soviética.
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As autoridades de Taipé disseram não saber de onde vieram as aeronaves, mas suspeitam que o helicóptero tenha alçado voo de algum navio chinês que passou despercebido pelos radares taiwaneses.
De acordo com informações do Departamento de Defesa de Taiwan, o Exército de Libertação Popular (ELP) da China já enviou 173 aeronaves à zona de defesa aérea da ilha somente em 2022.
Especialistas ouvidos pelo SCMP consideram que a apreensão no estreito de Taiwan se intensificou nas últimas semanas e que Taipé está atenta às movimentações da China enquanto grande parte do mundo está focada nas tensões entre Rússia e Ucrânia.

"Taiwan está atenta a isso, pois é a primeira vez [que foi] detectado [um helicóptero anti-submarino], e isso mostra que a China está lançando todo o equipamento não usado antes para os exercícios de prontidão de guerra contra Taiwan, com este agora focado em anti-submarinos", disse o coronel aposentado do ELP, Yue Gang, em entrevista ao SCMP.

Yue disse ainda que o ELP está se preparando para uma eventual expansão militar de Taiwan, no que se diz respeito a submarinos. Taipé já informou que está esperando a chegada de ao menos oito submarinos produzidos em solo nacional até 2024.
Taiwan é um território autogovernado e nos anos 1970, a ONU passou a reconhecer a República Popular da China como a única representante legítima da China. Pequim declara que é apenas uma questão de tempo para que Taipé se reunifique com a China continental, e que se trata de uma questão interna do país.
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