A vacina de plataforma adenoviral Sputnik Light contra a COVID-19 pode se tornar uma importante dose de reforço para os vacinados com doses de coronavírus inativado da China, depois que o país recomendou oficialmente a aplicação de coquetéis de vacinas.
As vacinas produzidas pelas empresas chinesas Sinovac e Sinopharm são altamente utilizadas, com 4,7 bilhões de doses aplicadas na China e pelo mundo afora. Embora o Conselho Estatal da China tenha autorizado o reforço por coquetel de vacinas apenas com vacinas domésticas, a Sputnik Light, de apenas uma dose (o primeiro componente da Sputnik V), pode se tornar uma solução para os que se inocularam com as vacinas chinesas nos outros países.
Combinação da AstraZeneca com Sputnik Light é altamente eficaz, diz RFPI citando estudo na Argentina
14 de outubro 2021, 13:10
Um estudo realizado na Argentina diz que uma combinação da Sputnik Light com outras vacinas mostrou que a resposta de anticorpos e células T criada pela vacina russa como dose de reforço com o imunizante da Sinopharm é dez vezes maior que com duas doses de Sinopharm. Segundo o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, que criou o método de coquetel de vacinas, usar a Sputnik Light em combinação com todas as outras vacinas é seguro e não tem efeitos adversos sérios.
Até agora a Sputnik Light foi aprovada em mais de 30 países, que têm uma população total de mais de 2,5 bilhões de pessoas, enquanto a Sputnik V foi autorizada em 71 países com uma população total de mais de quatro bilhões de pessoas. A última cria uma resposta imune mais forte e duradoura contra a COVID-19 (incluindo a variante Ômicron) que muitas outras vacinas, o que é impulsionado ainda mais com a Sputnik Light como dose de reforço.
O Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), o principal investidor no desenvolvimento da Sputnik V, foi criado em 2011 como fundo soberano do país para fazer investimentos conjuntos de capital.