Nem o Catar nem qualquer outro país tem capacidade para substituir o fornecimento de gás russo à Europa em caso de interrupção por um conflito na Ucrânia, disse o ministro da Energia do Catar, Saad al-Kaabi, nesta terça-feira (22).
"A Rússia oferece quase 40% do fornecimento de gás para a Europa. Não há um único país que possa substituir esse volume, não há capacidade para fazer isso a partir do GNL", afirmou.
"A maior parte do GNL está vinculada a contratos de longo prazo e destinos muito claros. Então substituir essa soma tão rapidamente é quase impossível", declarou, segundo informações do South China Morning Post.
O Catar, um dos maiores produtores de gás natural liquefeito do mundo, foi recentemente abordado pelos EUA para direcionar o fornecimento para a Europa caso a Rússia ataque a Ucrânia e Washington imponha sanções a Moscou.
Especialistas instalam último tubo da segunda linha do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), marcando o fim próximo da construção da estrutura. Foto de arquivo
© Sputnik / Nord Stream 2
/ A maior parte de seus volumes está comprometida pela vigência de contratos de longo prazo, principalmente com clientes asiáticos, embora o país também envie cargas para a Europa.
No domingo (20), a Gazprom, estatal de energia da Rússia e exportadora de gás, afirmou que a União Europeia (UE) consumiu mais de 95% do gás que armazenou no verão passado.
As instalações subterrâneas de armazenamento de gás (UGS) da Europa estavam 95,3% vazias em 17 de fevereiro, disse a empresa.
Citando informações da Gas Infrastructure Europe (GIE), a Gazprom informou que a Europa agora tem disponíveis apenas 4,7% de suas reservas de gás para o restante da temporada de inverno.