"No acordo isso não está especificado, mas creio que se refere à estrutura estatal que foi aprovada no antigo e único referendo, realizado no espaço de outras fronteiras. Agora, como essas fronteiras serão restauradas, o acordo não prevê. O que Donetsk e Lugansk farão para isso já não é minha responsabilidade", afirmou.
Kalashnikov também afirmou que agora as repúblicas de "Lugansk e Donetsk ocupam menos território do que ocupavam durante o referendo, mas eles acreditam que sua soberania se estende ao antigo território".
"Vamos ver o que vai acontecer. Acredito que em alguns dias tudo será esclarecido e decidido", adicionou.
As autoridades de Lugansk afirmaram que as fronteiras da república, de acordo com a sua Constituição, correspondem às fronteiras administrativas da região de Lugansk, e que partirão desse princípio.
O presidente russo fez nesta segunda-feira (21) um discurso, durante o qual anunciou o reconhecimento das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, em Donbass, e abordou temas como a OTAN e a Ucrânia.
Vladimir Putin pediu à Assembleia Federal da Rússia (parlamento bicameral) para preparar os documentos de reconhecimento das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, considerando que essa era uma ação há muito esperada.
Além disso, o chefe de Estado condenou a abordagem hostil da OTAN e de Kiev em relação à Rússia, considerando inadmissível que o governo ucraniano leve a Ucrânia a integrar a Aliança Atlântica e a torne uma ameaça ao país vizinho.