Como parte do novo pacote de sanções, o Reino Unido impôs um congelamento total dos ativos do banco VTB. Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, afirmou que o governo do país tem o poder de excluir completamente os bancos russos do sistema financeiro britânico e que os Estados Unidos estão planejando medidas semelhantes.
Em um anúncio ao parlamento, Johnson explicou que o Reino Unido proibirá a exportação à Rússia de todos os artigos de uso duplo.
"Além das medidas financeiras, e em pleno acordo com os Estados Unidos e a UE, introduziremos novas restrições comerciais e um rigoroso controle de exportações, semelhantes aos introduzidos nos EUA", disse.
Segundo declarou, essas sanções comerciais "limitarão o potencial militar-industrial e tecnológico da Rússia por muitos anos".
"Nós vamos continuar nossa missão incansável de espremer a Rússia para fora da economia global pedaço a pedaço, dia a dia, semana a semana. E claro, vamos usar a posição do Reino Unido em todos os fóruns internacionais para condenar o ataque à Ucrânia", disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em pronunciamento ao parlamento britânico.
As sanções atingirão igualmente a Belarus, apontou o premiê britânico.
"As sanções também serão aplicadas a Belarus por seu papel no ataque à Ucrânia."
Johnson afirmou ainda que o seu país está "pronto para dar asilo aos líderes ucranianos", incluindo o presidente Vladimir Zelensky.
As sanções também vão afetar companhias estatais e privadas, que serão banidas de angariar fundos no Reino Unido. A quantidade de dinheiro que os cidadãos civis russos poderão depositar em bancos britânicos será limitada.
Outra medida divulgada afeta a companhia de aviação estatal russa Aeroflot, que não poderá decolar ou aterrissar em aeroportos no Reino Unido.
"Proibimos [a atividade] da [companhia aérea russa] Aeroflot no Reino Unido", referiu.
"Ao todo, o Reino Unido vai impor o congelamento de bens pertencentes a mais de 100 diferentes entidades e indivíduos", afirmou Johnson.
Além das sanções financeiras, o Reino Unido, em consórcio com os EUA e a União Europeia, vão introduzir restrições e controles rigorosos de exportações, incluindo o veto à exportação de todos os itens com potencial aplicação militar. Essa medida vai afetar empresas de tecnologia dos setores de eletrônicos, telecomunicações e aeroespaciais.