Nesta quinta-feira (24), o Conselho Superior de Defesa Nacional de Portugal anunciou parecer favorável do governo para a participação das Forças Armadas do país no que chamou de "manobras de dissuasão" da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) diante dos alegados ataques russos à Ucrânia.
"Com base na posição de princípio expressa pelos órgãos de soberania, [...] atendendo à informação analisada, o Conselho deu, por unanimidade, parecer favorável às propostas do Governo para a participação das Forças Armadas portuguesas no âmbito da OTAN" em ações de dissuasão, segundo comunicado da Presidência.
Tais ações preveem "ativação da força-tarefa conjunta de muito alta prontidão [VJTF, na sigla em inglês] e do grupo de forças de acompanhamento inicial [IFFG, na sigla em inglês] para eventual empenhamento nos planos de Resposta Graduada da OTAN" e uma eventual "antecipação do segundo para o primeiro semestre de projeção de uma companhia do Exército para a Roménia".
A resposta do primeiro-ministro António Costa foi motivada por relatos de algumas mídias sobre supostos ataques russos em território ucraniano, nesta madrugada. Costa já havia sinalizado que Portugal tem "conjunto de elementos que estão disponibilizados, e a prontidão a cinco dias, para, se for essa a decisão, serem colocados sob o comando da OTAN para essas missões de dissuasão".
Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, destacou que a ocupação do território ucraniano não está nos planos de Moscou. Segundo informou o Ministério da Defesa da Rússia, as armas de alta precisão russas estão destruindo infraestruturas militares da Ucrânia, bases aéreas, aviação e meios de defesa aérea. Não estão sendo realizados ataques contra cidades ucranianas e não há ameaça para a população civil.
O presidente da Rússia destacou em sua fala que toda a responsabilidade sobre o possível derramamento de sangue será completamente do regime do território ucraniano.