"O Ocidente tomou completamente o lado do regime de Kiev em seus esforços de sabotagem e, por fim, destruição dos Acordos de Minsk", afirmou Lavrov.
"A OTAN e a União Europeia têm feito a cobertura de Kiev nas últimas semanas, quando ela [a Ucrânia] decidiu finalmente tomar pela força as repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk, anunciou que não tinha alternativa à entrada na OTAN e ameaçou adquirir armas nucleares", disse Lavrov durante reunião com o chefe da diplomacia da RPL e o vice-chefe da diplomacia da RPD.
"Nesta situação, certamente, a Federação da Rússia não poderia ficar indiferente aos apelos diretos dos líderes de seus Estados sobre a ajuda militar perante o agressor", acrescentou.
O chanceler russo explicou ainda que "em conformidade com nossos compromissos com os aliados, o presidente Putin tomou a decisão de realizar uma operação militar especial de desmilitarização e desnazificação da Ucrânia, para que, livres dessa opressão, os ucranianos sejam livres para determinar seu próprio futuro".
"Todos estes anos, os nossos parceiros ocidentais consistentemente têm protegido o regime ucraniano, ignorando os crimes de guerra contra a população civil, fechando os olhos aos homicídios de mulheres, crianças, velhos, às destruições da infraestrutura civil e encorajando silenciosamente a ascensão ativa do neonazismo e russofobia, o que resultou na tragédia no país", de acordo com as palavras de Lavrov.
Conforme ele, a comunidade internacional nega de modo unânime o fato do "genocídio evidente" na Ucrânia.
Na manhã desta quinta-feira (24), o presidente Vladimir Putin anunciou ter decidido realizar a operação militar especial de "desmilitarização" da Ucrânia. Mais tarde, a Defesa russa ressaltou que as Forças Armadas da Rússia não alvejam as cidades ucranianas, mas com ataques de alta precisão visam desativar a infraestrutura militar, defesa antiaérea, aeródromos militares e aviação. O ministério assegurou que nada ameaça a população civil.