"O objetivo da operação é levar à responsabilidade as personalidades atuais, o regime fantoche [em Kiev] pelos crimes cometidos ao longo destes anos contra os residentes civis, inclusive cidadãos russos", disse a representante.
Maria Zakharova ressaltou ainda que a operação militar especial realizada pela Rússia não representa ameaça nenhuma aos civis ucranianos.
"Gostaria de ressaltar especialmente que, no decorrer da operação militar especial realizada atualmente na Ucrânia, as Forças Armadas da Rússia não lançam ataques de mísseis, de aviação ou de artilharia contra as cidades do país."
Tal como anunciou anteriormente o Ministério da Defesa russa, a diplomata também assegurou que estão sendo neutralizadas instalações de infraestrutura militar e de defesa antiaérea, bem como aeródromos militares e aviação do Exército ucraniano.
"Ninguém cria ameaças à população de maneira deliberada", conforme suas palavras.
De acordo com a representante, às autoridades na Ucrânia falta qualquer soberania. A única coisa que elas são capazes de fazer é seguir ordens de além do Atlântico, mesmo assim, "nem sempre com sucesso e certamente contra os interesses do povo ucraniano".
"Esperamos sinceramente que a nação ucraniana se libere do jugo do governo nacionalista, que explora o país nos interesses de jogadores estrangeiros e comece a viver uma vida plena e soberana, respeitando os direitos, liberdades e interesses de todos os seus cidadãos sem discriminação por etnia, língua ou religião", acrescentou.
Ela informou que a chancelaria recebeu a nota do MRE ucraniano sobre o rompimento dos laços diplomáticos com Moscou e sublinhou que isso não foi uma escolha do lado russo, mas "o resultado lógico da política russofóbica intencional das autoridades de Kiev".
"Lamentamos profundamente que o regime de Kiev tenha escolhido um rumo de rompimento de todos os tipos de relações com a Rússia. Esperamos que em breve a história resolva tudo e acreditamos na sabedoria multicentenária dos povos russo e ucraniano, que por muitos séculos povoaram o território da Ucrânia contemporânea", resumiu.
Possível adesão da Suécia e Finlândia à OTAN exigirá passos de resposta russos
"Todos os países-membros da OSCE em sua qualidade nacional, inclusive a Finlândia e Suécia, confirmaram o princípio conforme o qual a segurança de alguns Estados não deve ser construída em detrimento da segurança de outros países", disse.
"Certamente, a adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN, que é primeiramente um bloco militar, como vocês entendem bem, teria consequências graves políticas e militares que exigiriam passos de resposta por parte do nosso país."
Recentemente, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, anunciou ter convidado os dois países escandinavos, que não são membros da aliança, para participarem da cúpula emergencial virtual nesta sexta-feira (25) a respeito da situação em torno da Ucrânia.
A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, declarou durante uma sessão parlamentar que o país está pronto para se candidatar a novo membro da OTAN caso surja a questão sobre sua segurança nacional.