Os resultados do estudo reforçam a hipótese de que Ceres é e tem sido um mundo geologicamente ativo mesmo em épocas recentes, com sais e material rico em compostos orgânicos desempenhando um papel importante em sua evolução.
Com um diâmetro de 940 km, Ceres é o maior objeto no cinturão de asteroides localizado entre Marte e Júpiter.
Achados da missão Dawn sugerem que o interior de Ceres consiste de uma fina camada de depósito de regolito, uma crosta que contém um oceano antigo, uma camada de salmoura na transição entre crosta e o manto e um manto inferior seco.
Com 170 km de largura, a bacia de Urvara é a terceira maior estrutura de impacto em Ceres. É considerado que o impacto que formou esta bacia há cerca de 250 milhões de anos expôs material de profundidades de até 50 km.
Bacia de Urvara no planeta anão Ceres localizado no cinturão de asteroides
© Foto / NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA
"Nossa análise aponta que diferentes áreas da cratera têm idades muito diferentes", disse doutor Nico Schmedemann, um pesquisador do Instituto de Planetologia da Universidade de Munster, acrescentando que "a diferença de idades é de até 100 milhões de anos".
Nesta área ressurgida, uma escarpa no solo exibe um padrão de fluxo granular de material brilhante (sais), mostrando espectros consistentes com a presença de material orgânico, aponta portal Sci-News.
Este planeta anão é um sobrevivente do período mais antigo da formação do Sistema Solar e, portanto, a pesquisa detalhada sobre o seu interior proporciona uma compreensão fundamental sobre a formação e evolução de embriões planetários que se originaram do disco protoplanetário.