Panorama internacional

Todos os bancos russos sob sanções serão excluídos do SWIFT, diz governo alemão

Depois que o presidente russo Vladimir Putin anunciou na quinta-feira (24) uma operação especial para desmilitarizar e "desnazificar" a Ucrânia, o Ocidente impôs sanções severas à Rússia.
Sputnik
Todos os bancos russos já sujeitos às sanções ocidentais serão excluídos da Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias (SWIFT), com a possibilidade de que outros bancos russos também venham a ser excluídos do sistema, anunciou o governo alemão na noite de sábado (26).
"Isso [a medida] visa cortar essas instituições dos fluxos financeiros internacionais, o que restringirá massivamente suas operações globais", afirmou o porta-voz do país.
O porta-voz acrescentou que as nações ocidentais "enfatizaram sua disposição de tomar mais medidas caso a Rússia não encerre seu ataque à Ucrânia e, portanto, à ordem de paz europeia".
Antes da decisão, tomada em discussão conjunta entre os líderes ocidentais, a mídia informou que a Alemanha havia avaliado seu apoio à desconexão da Rússia do sistema internacional de pagamentos como possível, mas sob "certas condições".
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Além disso, a Comissão Europeia divulgou uma declaração conjunta assinada pelos líderes da França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e EUA em que condenam a atual operação militar e se comprometem a implementar medidas restritivas contra a Rússia.

"Nos comprometemos a impor medidas restritivas que impedirão o Banco Central da Rússia de lançar mão de suas reservas internacionais de forma a prejudicar o impacto de nossas sanções", diz o comunicado.

Vários grandes bancos russos, incluindo Sberbank e VTB, ficaram sob as novas sanções depois que o país iniciou sua operação especial na Ucrânia. Sob as medidas, várias empresas estatais russas foram impedidas de atrair capital estrangeiro.
Sanções também foram impostas à indústria e ao fornecimento de produtos de alta tecnologia para a Rússia. A Alemanha interrompeu a certificação do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), enquanto o Reino Unido fechou o espaço aéreo para a Aeroflot, a maior companhia aérea da Rússia.
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As autoridades russas disseram que prepararam um plano de ação com antecedência em caso de uma nova onda de sanções e darão todo o apoio necessário às empresas que se enquadrarem nas restrições, garantindo o bom funcionamento da economia.
Moscou também disse que está trabalhando em medidas de retaliação, mas os detalhes ainda não são conhecidos.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou decretos reconhecendo a soberania das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk na segunda-feira (21), seguido pelo lançamento de uma operação especial militar pela Rússia, na última quinta-feira (24), para desmilitarizar e "desnazificar" a Ucrânia.
A espiral de sanções ocidentais vem se desenrolando desde 2014, após a reunificação da Crimeia e da cidade de Sevastopol à Rússia por meio de um referendo no qual mais de 95% dos moradores votaram a favor.
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