Panorama internacional

Lukashenko: agressão contra belarussos na Ucrânia poderia empurrar Minsk para operação especial

O presidente belarusso, Aleksandr Lukashenko, afirmou que os belarussos estão sendo capturados na Ucrânia. Com isso, Kiev tenta provocar Minsk a começar uma operação para liberar seus cidadãos.
Sputnik
O mandatário da república belarussa disse que a Ucrânia não deve culpar Minsk por seus problemas. Segundo ele, o papel de Minsk na operação especial da Rússia é "não permitir apunhalar pelas costas as tropas russas".

"O único beneficiário da situação em torno da Ucrânia" são os EUA: Washington pretende se livrar dos concorrentes que consistem da Rússia e China, afirmou.

Conforme ele, os Estados Unidos envolveram a Ucrânia no conflito com a Rússia e queriam ao mesmo tempo resolver "a questão belarussa".
Ele explicou ainda que do território de Belarus, no começo do conflito, houve dois ou três lançamentos de foguetes, mas isso foi uma resposta ao fato de Kiev ter posicionado 3-4 divisões de mísseis na proximidade da fronteira.
O plano de proteção de Belarus já foi elaborado, e nos tempos mais próximos o lado russo transferirá o armamento necessário para a república.
Aleksandr Lukashenko informou que representantes da elite ucraniana lhe pediram para ligar ao presidente Vladimir Zelensky e dizer para ele cessar suas ações.
Quanto às sanções do Ocidente, o presidente constatou que a resposta de Minsk e Moscou será séria, mas não "em seu próprio prejuízo".
Conforme declarou Lukashenko, ao impor suas sanções o Ocidente "está empurrando a Rússia para a terceira guerra mundial".
O presidente acredita que o Ocidente se esquecerá da Ucrânia assim que essa questão desaparecer da agenda. Portanto, Lukashenko exortou a Ucrânia a virar um Estado como Belarus, isto é, "neutro, sem armas nucleares". Ele também lançou o apelo a Kiev para se sentar na mesa de negociações, "se a Ucrânia não quiser perder sua soberania".
O líder belarusso revelou ainda que, em conversa com o lado ucraniano no sábado (26), ele enumerou todas as condições de Moscou, com as quais a Ucrânia concordou, mas depois rejeitou.
"Eles concordaram com todos os pontos que eu enumerei, e ainda mais [...] À tarde voltou a chamar o presidente russo [Vladimir Putin e disse que] eles recusaram. Digo: recusaram, então é a escolha deles", contou aos jornalistas.
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