As perdas dos militares da Rússia durante a atual operação especial para a desmilitarização da Ucrânia são várias vezes menores que as sofridas pelos nacionalistas e forças ucranianas, anunciou Igor Konashenkov, porta-voz oficial do Ministério da Defesa da Rússia.
"Os militares russos demonstram coragem e heroísmo no decorrer das tarefas de combate da operação militar especial. Infelizmente, há companheiros mortos e feridos, mas nossas perdas são várias vezes menores que as dos nacionalistas eliminados e as perdas dos militares das Forças Armadas da Ucrânia", disse no domingo (27) o general-major.
"Um agrupamento das forças da República Popular de Lugansk, com o apoio de fogo das Forças Armadas da Federação da Rússia, avançou com sucesso nas defesas do inimigo por mais 4 km. As unidades da República Popular de Lugansk, tendo superado a resistência das unidades nacionalistas, avançou mais 6 km. Foram liberadas as localidades de Nizhnee, Granitnoe e Gnutovo", continuou ele.
As Forças Armadas da Rússia também atingiram 1.067 instalações da infraestrutura militar da Ucrânia, incluindo 27 postos de controle e estações de comunicação e 38 sistemas de defesa antiaérea, relatou Konashenkov. Entre os últimos havia sistemas S-300, Buk M-1 e Osa e 56 radares.
Segundo Konashenkov, durante este domingo (27) foram destruídos sete sistemas de mísseis antiaéreos, incluindo um S-300 perto da cidade de Kramatorsk. Também foram abatidos três drones de ataque Bayraktar TB-2 nos subúrbios de Chernigov.
"Além disso, desde o início da operação, foram destruídos 254 tanques e outros veículos blindados, 31 aviões no solo, 46 lança-foguetes múltiplos, 103 peças de artilharia de campo e morteiros, 164 peças de equipamento de veículos militares especiais", acrescentou.
"[...] Sabemos como os nazistas ucranianos tratam os poucos militares russos capturados, e vemos que a crueldade e as torturas são as mesmas que as que existiam entre os nazistas ucranianos e seus lacaios-policiais na Grande [Guerra] pela Pátria", observou o general-major.
Antigas posições de militares ucranianos perto da localidade de Nikolaevka, República Popular de Donetsk
© Sputnik / Sergei Averin
"Quero sublinhar que estão sendo registradas e identificadas todos os rostos, vozes, telefones, suas coordenadas, endereços IP, assim como a correspondência de todos os nazistas ucranianos envolvidos na intimidação de nossos companheiros", advertiu ele, e "isso também se aplica à liderança do regime de Kiev e seus perpetradores, que apelam diretamente à intimidação de militares russos, em violação da convenção sobre o tratamento de prisioneiros de guerra" de Genebra.
O general avisou que todos "serão encontrados, e inevitavelmente serão responsabilizados de forma severa".
Ao mesmo tempo, sublinhou o militar, os prisioneiros de guerra ucranianos estão sendo tratados com respeito.
"No que toca aos prisioneiros ucranianos, continuamos dando bom tratamento a todos os prisioneiros das Forças Armadas ucranianas que depuseram as armas. Entendemos que eles fizeram juramento ao povo da Ucrânia. Todos os que depuseram as armas e deixaram de resistir serão devolvidos às suas famílias", de acordo com Igor Konashenkov.
Na madrugada da quinta-feira (24) Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou uma operação especial militar na região de Donbass. A operação foi deflagrada após pedido de assistência militar feito pelas recém-reconhecidas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk.
De acordo com Moscou, os ataques têm como objetivo desmilitarizar a Ucrânia e combater a presença de neonazistas no país, garantindo a segurança da região de Donbass e da Rússia.