Panorama internacional

Stoltenberg: OTAN aumentou fornecimento de armamento antitanque e antiaéreo à Ucrânia

O secretário-geral da Aliança Atlântica falou à emissora CNN, explicando que a OTAN segue aumentando o apoio militar à Ucrânia e que também apoia uma resolução política do conflito.
Sputnik
A OTAN está aumentando o fornecimento de sistemas e munições antitanque e antiaéreos, disse no domingo (27) Jens Stoltenberg, secretário-geral da aliança.
"Seguimos aumentando [nosso apoio] com mais sistemas antitanque e mais sistemas antiaéreos, munições, e fazemos isso para [...] ajudar a Ucrânia a defender seu direito de autodefesa", contou ele em uma entrevista à emissora CNN.
A OTAN apoiou uma resolução política do conflito ucraniano desde que ele começou, disse Stoltenberg sobre as negociações entre a Ucrânia e a Rússia planejadas na região de Gomel, Belarus.
A Ucrânia já concordou em realizar negociações aí, e a delegação russa se dirige para lá, disse Vladimir Medinsky, assessor presidencial da Rússia. Já Dmitry Peskov, porta-voz presidencial russo, apontou que isso aconteceu após uma conversa telefônica entre Vladimir Zelensky e Aleksandr Lukashenko, presidente da Belarus.
"Tenho confiança absolutamente total no presidente Zelensky e sua avaliação sobre se vale a pena sentarem-se e procurarem uma solução política [para o conflito]. A OTAN sempre apoiou uma resolução política", notou, acrescentando que falta ver se a Rússia tem vontade de manter um diálogo com a Ucrânia sobre sua integridade territorial.
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Ao mesmo tempo, o secretário-geral da OTAN não vê a Rússia como uma ameaça iminente ao bloco militar.

"Nós não vemos uma ameaça iminente [à OTAN], mas vemos uma Rússia muito mais agressiva, que está contestando valores fundamentais à nossa segurança quando está usando força contra a Ucrânia, mas também ameaçando um equilíbrio."

Ele sublinhou que a OTAN ainda apoia a aspiração da Ucrânia de se tornar um Estado-membro, mas que a decisão deve ser feita com o consenso de todos os 30 países, e apontou que a Rússia deve ter em conta que quem decide a filiação no bloco militar é a própria Ucrânia.
Na madrugada da quinta-feira (24) Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou o começo de uma operação especial militar na região de Donbass, que deflagrou após pedido de assistência militar feito pelas recém-reconhecidas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk. O presidente russo observou que os habitantes russófonos têm sido sujeitos a um genocídio nessa região.
Segundo o governo russo, os ataques têm como objetivo desmilitarizar a Ucrânia e combater a presença de neonazistas no país, garantindo a segurança da região de Donbass e da Rússia.
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